Vinte e três pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica foram presas na manhã de quinta-feira (29) durante a Operação GPS III. Quatro estão foragidas e são procuradas pelas forças de segurança do Paraná. Do total de presos, dois são de Ponta Grossa.
Os sinais emitidos pela tornozeleira eletrônica foram fundamentais para localizar e prender os monitorados. Eles foram detidos por descumprir as regras do uso do equipamento a principal delas, deixar a tornozeleira descarregada. A polícia suspeita que os monitorados deixavam propositalmente acabar a bateria para cometer novos crimes.
A grande maioria dos alvos é de pessoas que respondem pelo crime de roubo e, por decisão da Justiça, progrediram do regime fechado pelo monitoramento eletrônico através da tornozeleira. No entanto, vão perder o benefício porque deixaram de cumprir as regras do uso do equipamento e retornarão para o regime fechado para terminar de cumprir a pena.
Em um dos casos, uma mulher que colocou a tornozeleira no dia 31 de março de 2017 deixou o equipamento sem bateria por 41 vezes. Ela responde pelo crime de sequestro.
Operação
A operação GPS III é coordenada pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) e contou com o apoio da Polícia Militar, Civil e do Departamento Penitenciário. Os mandados foram cumpridos em Curitiba, região metropolitana, Litoral e em cinco cidades do interior: Londrina, Ponta Grossa, Enéas Marques, Itapejara do Oeste e Alto Paraíso.
Paraná tem 5,3 mil detentos com tornozeleira
O Paraná é o estado com maior número de presos monitorados com tornozeleira eletrônica do país. Ao todo hoje são 5.300 detentos que usam o equipamento por determinação judicial. O uso do equipamento eletrônico é uma importante ferramenta de desencarceramento, pois facilita a ressocialização do preso na sociedade e representa uma economia para o Estado.
As pessoas com tornozeleira são monitoradas de forma ininterrupta, 24 horas por dia, sete dias por semana, por agentes penitenciários. Qualquer violação detectada pelo sistema é imediatamente repassada ao Poder Judiciário para que tome as providências cabíveis.