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Ônibus de PG transportam quase 50% menos passageiros

Foto ilustrativa / Arquivo DC

O transporte coletivo de Ponta Grossa teve uma queda de quase 50% no número de passageiros nos últimos dois anos, se comparado ao total de passageiros transportados em 2019. A informação é da Viação Campos Gerais, empresa responsável pela operação do sistema na cidade, que informa ter deixado de atender aproximadamente 24 milhões de pessoas entre 2020 e 2021.

Para o diretor de Relações Institucionais da VCG, Rodrigo Venske, a evasão é resultado das medidas de prevenção, adoção de trabalho remoto e aulas em metodologia EAD, por exemplo, com a chegada do covid-19. Ele aponta que esta readaptação, aliada à uma nova dinâmica de vida das pessoas, mantém a estimativa de evasão ainda em 2022. A projeção é de que sejam transportadas 31% pessoas a menos neste ano, se comparado ao ano anterior ao início da pandemia.

“Apesar de estarmos operando de maneira mais eficiente e otimizada, a partir de algumas adaptações e adequações propostas pelo poder concedente, dificilmente voltaremos ao patamar de passageiros transportados em 2019”, explica. Ele destaca que, por se tratar de um serviço essencial à população e previsto na Constituição, o transporte coletivo em todo o país foi “severamente” afetado.

“O nosso cenário esteve durante longos meses, muito crítico, não apenas em Ponta Grossa, como em todas as cidades, independente do porte e da quantidade de pessoas transportadas”, admite.

Desafio

Segundo Venske, a atração de antigos e novos passageiros para os ônibus em PG segue um grande desafio. “As pessoas passaram a usar outros modais de transporte, existe a concorrência do transporte por aplicativo e a falta de políticas públicas nacionais capazes de tornar o serviço mais atraente quando o assunto é tarifa. Na nossa realidade, e através do resultado que aferimos a partir de pesquisa que aplicamos com os usuários, medimos que há uma boa percepção do serviço que oferecemos. No entanto, muitas pessoas ainda têm a sensação do transporte público como algo individual, o que é impossível de ocorrer e até de comparar”, explica.

Lotação

Venske aponta que, via de regra, no Brasil e até no mundo, os sistemas de transporte público, com ou sem subsídio, atendem à coletividade, e aos interesses da maioria. “Ainda assim, e apesar da oferta do serviço ser maior nos horários de pico, é impossível garantir que não existam passageiros em pé ou lotação. Trata-se de um serviço que opera nos horários de maior fluxo próximo à sua capacidade total de operação”, explica.

A justificativa, segundo ele, está no fato de os ônibus transportarem menos pessoas durante os demais períodos do dia. “A compensação é uma realidade não apenas nossa, e é uma metodologia capaz de procurar garantir a equidade e a oferta”, diz.

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