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Ocupação no Parque das Andorinhas já tem mais de 500 famílias

Famílias pedem moradia social em área que já deveria estar com residências

Foto de famílias acampadas em área do Parque das Andorinhas, em Ponta Grossa

Barracas estão sendo substituídas por casas de madeira que já começaram a ser erguidas na área / FOTO: José Aldinan

A ocupação Ericson John Duarte, em um terreno público no Parque das Andorinhas, ganhou força no final de semana e passou a contar com cerca de 500 famílias. A área da Prefeitura de Ponta Grossa foi ocupada no dia 11 de dezembro, inicialmente por 60 famílias e dois dias depois já tinha 350.

Novas adesões à ocupação e construções na área ocupação foram impedidas por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) na sexta-feira passada, que determinou multa diária de R$ 1 mil aos organizadores caso houvesse descumprimento da sentença.

Parque das Andorinhas

O movimento foi organizado pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade e, segundo o advogado e coordenador da ocupação, Leandro Dias (PSOL), os organizadores não foram notificados sobre a decisão. “Nós não fomos citados e para nós o processo não tem validade. Por isso, tomamos a decisão no último sábado (11) de convocar o nosso cadastro de reserva, que já passa de 1 mil famílias e alojamos mais 80 aqui”, afirmou.

O terreno tem cerca de 12 hectares e está localizado na Rua Alípio Bueno, à beira do Contorno Leste e próximo ao Centro de Socioeducação Regional de Ponta Grossa (Cense-PG). As barracas estão sendo substituídas por casas de madeira, que começaram a ser erguidas na área. O movimento está recebendo doações de alimentos e galões de água dos moradores da região. Eles permanecem sem ligação de energia elétrica, mas estão usando alguns geradores a diesel. 

A decisão judicial também determinou que a Prefeitura de Ponta Grossa, por meio dos órgãos competentes de assistência social, faça o cadastramento das pessoas e famílias alojadas na área, dentro de um prazo de 30 dias, para que sejam inscritas em programas habitacionais.

Em nota, a prefeitura informou que vai aguardar o cumprimento do que foi decidido pelo Tribunal de Justiça do Paraná. “Nos próximos 30 dias, como determinado pela Justiça, a Prefeitura realizará o cadastramento das famílias da ocupação”, destacou. Com relação ao pedido de reintegração de posse, a Procuradoria Geral do Município (PGM) disse que não vai recorrer no momento, mas segue acompanhando o andamento do processo.

Ao mesmo tempo, a prefeitura de Ponta Grossa cancelou dois contratos sobre serviços de topografia que seriam realizados na área ocupada.

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