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Ocorrências caem 21% com decreto estadual, mas voltam a subir

Foto: Arquivo DC

A força-tarefa de emergência para conter a disseminação do novo coronavírus no Paraná, determinada pelo Governo do Estado através do decreto 6.983/2021, contribuiu para uma redução de 21% do número de ocorrências na área urbana de Ponta Grossa que demandam atendimentos de urgência e emergência e ocupação dos leitos hospitalares. As ocorrências, no entanto, voltaram a aumentar mesmo com a legislação em vigor.

A reportagem do Jornal Diário dos Campos e Portal dcmais fez um comparativo do número de atendimentos realizados pelo Samu nos dois últimos finais de semana de fevereiro (13/02 – 14/02 e 20/02 – 21/02) que antecederam a publicação do decreto com os dois últimos (27/02 – 28/02 e 06/03 – 07/03) período em que as medidas entraram em vigor.

Entre as ocorrências levantadas pelo Samu estão todos os tipos de acidentes de trânsito, ferimento por arma de fogo, ferimento por arma branca, agressão, embriaguez, intoxicação por álcool e outras drogas e vítimas encontradas caídas em via pública. Nos dois primeiros finais de semana anteriores ao decreto, foram registradas 124 ocorrências de naturezas citadas acima. Já nos últimos posteriores ao decreto, o total de atendimentos caiu para 98.

Notou-se, porém, que o número destas ocorrências voltou a subir se comparado aos dias 27/02 e 28/08 – primeiro final de semana em que o decreto passou a valer – com o os dias 06/03 e 07/03. No primeiro, o Samu registrou 43 atendimentos. Já na semana seguinte foram realizados 55 atendimentos de urgência e emergência pelo órgão.

Para o enfermeiro e coordenador de Enfermagem do Samu, Rinaldo Gaia Levandoski, apesar de 21% da queda, o decreto estadual não foi relevante para reduzir o número de ocorrências. “A variação foi pequena e acreditávamos que haveria uma redução significativa. Houve sim uma queda dos números, mas nada que tenha sido representativa. Vamos aguardar para analisar como será nas próximas semanas a partir do decreto municipal”, lembrou o profissional.

Atendimentos Siate

A reportagem também comparou os atendimentos realizados pelo Siate durante o mesmo período. Com relação aos acidentes, os números se mantiveram iguais, variando entre 10 e 11 ocorrências, tanto nas semanas anteriores ao decreto quanto nas semanas seguintes à sua publicação. Entre os acidentes atendidos pelas equipes estão os mais variados tipos de colisões, queda de veículos, choque contra anteparo e atropelamentos.

De acordo com o 2° tenente Daniel Kaneko Leal, oficial de Comunicação Social do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, mesmo que o número de ocorrências tenha se mantido, notou-se mudança significativa nos horários que em elas ocorreram.

“Antes do decreto estadual era possível observar que os acidentes aconteciam, principalmente, no período da madrugada. Agora com o toque de recolher, as pessoas estão mais em casa. Então estes acidentes estão ocorrendo durante o dia, nos horários de pico para o trabalho, horário do almoço e final do dia. Sabemos que muitos não estão trabalhando em home office”, explica.

O tenente comentou ainda que, após o decreto estadual, foi possível observar que os acidentes ocorridos não foram tão graves quanto nas semanas anteriores. “Antes da lei seca, as pessoas acabavam ingerindo mais bebida alcoólica e isso resultava em colisões mais graves e agora foi possível notar esta redução”, apontou.

Ocorrências

O levantamento também apontou os casos envolvendo agressão nas últimas quatro semanas. No final de semana do dia 20 e 21 de fevereiro, foram atendidos seis casos pelos bombeiros. O número caiu para quatro ocorrências nos dias 27 e 28, mas voltou a subir para seis no último sábado e domingo (6 e 7).

Apenas um ferimento por arma de fogo foi registrado no primeiro final de semana em que passou a valer o decreto enquanto que dois ferimentos causados por arma branca foram registrados nos dias 20 e 21 de fevereiro, além de um caso nos dias 27 e 28 e mais um caso entre os dias 6 e 7 de março.

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