Na última sexta-feira (11) a Petrobras informou às distribuidoras que iria aumentar o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – o gás de cozinha – em 5,9%. Com o novo aumento, o quinto do ano, o preço do botijão de 13kg bate a marca de R$ 100, quase R$ 20 a mais do que em janeiro, antes da primeira alta de 2021.
A reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais conversou, na manhã desta segunda-feira (14), com três revendas de gás da cidade, uma no Jardim Carvalho, uma em Uvaranas e outra em Olarias. Em todas elas ainda não havia chegado pedido com o novo preço, mas a atualização poderia ser feita durante o dia ou já nos próximos.
No caso de um estabelecimento no Jardim Carvalho que trabalha com duas marcas de GLP, a estimativa era de que os preços subiriam de R$ 92 para R$ 100 e de R$ 87 para R$ 95 – considerando as vendas feitas na portaria, sem contar as entregas, que têm a taxa variando de acordo com o endereço do cliente.
“Na última vez não repassamos o aumento, mas dessa vez terá que ser feito por já estar represado. Um problema do nosso ramo é o mercado clandestino: gente que pega de atravessadores, não pagam impostos, e por isso fica mais em conta, o que prejudica muito quem é legalizado”, ressalta o estabelecimento.
Na revenda consultada em Olarias o preço atual do botijão de 13kg estava em R$ 94, ainda sem o novo repasse. Segundo a equipe de atendimento a nova remessa poderia chegar ainda na segunda-feira (14), mas o novo preço só seria calculado a partir do seu recebimento.
Já em Uvaranas, os preços variavam entre R$ 86 para vendas na portaria e R$ 92 para entrega e, se acordo com a estimativa, poderiam chegar a R$ 90 na portaria e R$ 95 para entrega.
Aumentos
A Petrobras já alterou o preço do GLP cinco vezes neste ano, sendo todas encarecimentos. Em janeiro foi +6%, em fevereiro +5,1%, em março +5,2%, em abril +5% e agora em junho +5,9%.
Como o combustível é formado pela mistura de dois gases extraídos do petróleo, o seu preço acompanha fatores como a variação do barril de petróleo e também a cotação do dólar. “A Petrobras busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais. Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, disse a companhia, em nota.
Composição do preço
De acordo com a estimativa mais recente da Petrobras, referente à primeira semana deste mês, o preço do GLP é composto da seguinte forma: 49,4% é de responsabilidade da companhia, 35,6% da distribuição e revenda e 15% são impostos, estaduais e federais.