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Nem mortes diárias constantes aliviam as alas dedicadas à covid

Desde que ampliou a capacidade e disponibilizou mais de 100 leitos exclusivos para covid-19, no dia 5 de janeiro, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG) não vê o número de pacientes ficar abaixo de 90. Nem mesmo os dolorosos óbitos que ocorrem em virtude da doença ou as altas recebidas por vitoriosos pacientes, diminuem a carga de trabalho na ala covid.

O Serviço Funerário Municipal mostra que ao menos seis pessoas morreram no HU-UEPG nos últimos três dias e tiveram os corpos diretamente encaminhados ao cemitério, o que sugere suspeita de covid-19. Mesmo assim, a ala dedicada exclusivamente à doença quase fechou o sábado (23) com lotação máxima: 110 pessoas ocupavam os 114 leitos, sendo 43 na UTI.

No dia seguinte, o número de internações na UTI não variou. Houve somente uma leve diminuição no total, que ficou em 101. Nesta segunda-feira (25), a unidade fechou o dia com 99 pacientes.

A oscilação baixa da quantidade de internados permite a conclusão de que a covid-19 – em toda a região – permanece exigindo alta demanda de leitos e que o vírus segue atacando gravemente os mais vulneráveis. Somente medidas efetivas de contenção da circulação viral podem diminuir a necessidade de internamentos e esse ciclo que não tem interrupção para os profissionais da saúde há dez meses.

Além do HU-UEPG, que é referência regional para covid, há outras casas hospitalares que computaram mortes com corpos encaminhados diretamente ao cemitério nos três últimos dias. Os fatos ocorreram no Hospital Geral Unimed, no Hospital do Coração Bom Jesus, no Hospital Vicentino e até mesmo na UPA do Santa Paula.

Aumento de casos coincide com decreto que relaxou medidas

No dia 19 de outubro do ano passado, o então prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), assinou o decreto 17.900, que relaxou medidas básicas de distanciamento social. A partir de então, o município viu os casos ativos crescerem.

O mês de novembro ainda ‘segurou’ em quantidade de mortes, mas o início de dezembro trouxe o início de uma enxurrada de casos positivados da doença, ultrapassando quase diariamente mais de 200.

Naquele decreto de outubro, a gestão municipal suspendeu as restrições ao horário de funcionamento do comércio e deixou somente como recomendável que pessoas dos grupos de risco não ingressassem em locais de acesso público.

No mesmo documento havia a liberação para que a frota do sistema de transporte coletivo voltasse regularmente aos níveis pré-pandêmicos a critério da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT).

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