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München anima público, mas ‘marreca’ fica para escanteio

Desfile de início da Münchenfest na Avenida Vicente Machado. Foto: José Aldinan.

Iniciada na sexta-feira (17), a 32ª Münchenfest colocou à prova mais uma vez o formato de shows nacionais (sertanejos) + um pouco de música alemã + comidas típicas e não-típicas + toneladas de chope. A edição 2023 pode ser comparada a um ‘arroz com feijão’ bem feito: um modelo simples, mas popular e que agrada ao público, haja vista a boa audiência e o burburinho que se cria em torno do evento todos os anos.

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Dito isso, o galpão de cultura alemã já experimentou públicos maiores em anos anteriores de “Cuida bem da tua marreca”. Hoje, o foco do evento efetivamente são as atrações sertanejas de alcance nacional que se apresentam no palco principal da festa. Na sexta (17), Hugo e Guilherme fizeram um bom show, carregado na ‘sofrência’ e em homenagens a Marília Mendonça, falecida em 2021. A dupla também abriu espaço para a participação de VH e Alexandre, sertanejos que ainda estão escalando em sua trajetória na indústria musical.

No sábado (18), a organização do evento mostrou grande resiliência. Após intensas chuvas castigarem Ponta Grossa, espalhando danos por quase todos os bairros da cidade, a estrutura da Münchenfest foi pouco afetada, restringindo-se a placas, tapumes e parte da cobertura da tenda movidos pelo vento, além da falta de energia que afetou a área do evento. Às 21h, com o retorno da eletricidade, os portões estavam abertos normalmente. Matheus & Kauan e Guilherme & Benuto animaram a noite com shows que avançaram fundo na madrugada.

O domingo (19), tradicionalmente um dia mais voltado às famílias e crianças, apresentou público consideravelmente menor que os dias anteriores, mesmo com a gratuidade de entrada em parte da tarde. Porém, o fim da tarde registrou o ótimo show da banda NXZero. O show, que estava marcado para acontecer anteriormente de maneira isolada, foi alocado para a München. Os roqueiros emocionaram o público com canções saudosistas do auge da banda, entre meados de 2006 e 2010. Emos, góticos e outras tribos preencheram a plateia do palco principal. Destaque para a banda Little Dolly, que abriu o show do NXZero com uma excelente performance.

Outro destaque positivo é o chope, ou melhor, os chopes. Além do chope claro, escuro (afinal, é a Festa Nacional do Chope Escuro) e o chope de vinho, outras variações especiais estavam disponíveis para o paladar no interior do galpão alemão. Todos estavam deliciosos. No entanto, o preço era salgado: R$ 13 por caneco ou R$ 50 para quatro chopes (economia de R$ 2).

Apesar de popular e bem quista por boa parte da população, a Münchenfest definitivamente não é um evento barato. Ingressos para pista começam em R$ 40 (com direito a meia-entrada. Os demais ingressos (VIP e camarote) têm preços crescentes. Fato é que entre ingresso, alimentação, bebidas, estacionamento/transporte, o folião pode tranquilamente gastar bem mais de R$ 100 em um único dia de festa. A quem o bolso não permite tanto, é recomendável a moderação.

O atual formato da Münchenfest não agrada a todos. Saudosistas dizem por aí que sentem falta das festas na antiga estrutura ferroviária do Centro da cidade. Outros podem reclamar que falta cultura germânica na festa de Munique. Independentemente disso, o segundo fim de semana do evento promete grande público e altas emoções com Ana Castela, Dennis DJ, Maiara & Maraisa e Pedro Sampaio. A quem vai, desejamos uma excelente festa. Beba com moderação e não dirija após consumir álcool.    

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