Maria Geni Lourenço de Oliveira, 42 anos, foi condenada nesta quinta-feira (28) em júri popular ocorrido no Fórum de Ponta Grossa. Ela era julgada sob a acusação de homicídio e ocultação de cadáver, por ter degolado a filha recém-nascida, com apenas três dias de vida.
O pedido da defesa, de absolvição total da ré, foi negado pelos jurados, que consideraram o crime praticado por meio cruel e motivo fútil. Os jurados reconheceram, no entanto, que a acusada era portadora de doença mental, incapaz de entender o caráter ilícito do fato.
Com isso, Maria Geni foi condenada, mas a prisão preventiva foi substituída por medida cautelar de internação provisória, sendo ela conduzida para tratamento psiquiátrico.
Os advogados de defesa, Leandro Ferreira do Amaral; José Vilmar Tozetto Jr e Wandrey Vinicius Carvalho, pediam a absolvição total de Maria Geni, alegando que a mulher sofre de depressão e problemas mentais.
A condenada será encaminhada para ala psiquiátrica do Complexo Médico Penal de Curitiba e receberá tratamento durante pelo menos três anos. A internação pode se tornar definitiva, caso a perícia médica constate a necessidade.
Crime
Maria Geni foi presa momentos depois do crime, ocorrido em março de 2016. Na delegacia contou detalhes de como matou a filha. Segundo ela, no mesmo dia em que voltou para a casa, ela esperou a filha mais velha dormir, levou o bebê para fora, colocou-a sobre um toco de árvore que fica na parte dos fundos do terreno e utilizou uma faca de açougueiro para cortar a cabeça da recém-nascida. Ela teria então utilizado um saco plástico para recolher o cadáver e tentou escondê-lo sob uma montanha de telhas.