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Morte de universitária foi arquitetada por cinco horas, diz delegada

A Polícia Civil deve concluir, na próxima sexta-feira (13), o inquérito relativo à morte da estudante universitária agredida a facadas em seu apartamento, localizado no Bairro Uvaranas, em Ponta Grossa. O crime ocorreu no dia 6, quando o ex-namorado da jovem foi preso como principal suspeito do homicídio.

Nessa quarta-feira (11), a delegada Ana Paula Cunha Carvalho deu uma entrevista coletiva à imprensa sobre a investigação. Para ela, não há dúvidas de que o crime foi arquitetado pelo suspeito por pelo menos cinco horas, período em que as câmeras de vigilância do condomínio flagraram sua presença.
 

Durante o interrogatório, ao qual o acusado foi submetido após ficar quase uma semana hospitalizado, ele declarou não lembrar do ocorrido. Embora tenha demonstrado arrependimento, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional, motivado por ciúmes. No dia do crime, ele enviou para a vítima diversas mensagens, e telefonou 36 vezes. Nenhuma das ligações foi atendida.

O irmão da vítima narrou ter sido atacado enquanto ainda estava dormindo. Conseguiu se esquivar e fugir para o banheiro, mas então ouviu a jovem sendo atacada e saiu para ajudar a irmã. A encontrou já bastante ferida e tentou ajudar. Foi quando o suspeito teria o atingido, também, com duas facadas, uma das quais acertou o pulmão. Segundo a Polícia, a estudante levou oito facadas. O suspeito já teve a prisão preventiva decretada e foi levado à Cadeia Pública nesta tarde.

Laudos
A Polícia também aguarda a conclusão dos laudos decorrentes dos exames do cadáver e dos celulares apreendidos, bem como das câmeras de segurança. Segundo a delegada, o suspeito tinha franco acesso ao condomínio, já que teve um relacionamento de mais de dois anos, embora conturbado, com separações e reconciliações.

A Polícia também verifica a possibilidade de que ele tivesse uma cópia da chave do apartamento, já que ainda não está claro se ele teve a entrada permitida pela vítima, ou entrou sem ser notado. O suspeitou admitiu ter ingerido bebida alcoólica na noite do crime, mas negou ter usado drogas ilícitas.

(Foto: Divulgação)

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