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Moradores reclamam de mau cheiro ao lado de fábrica

Luci diz que mau cheiro é constante nos fundos da fábrica (Foto: Divulgação)

Luci Dias de Oliveira, 67 anos, vem chamando a frente da própria casa de “esgotão”, desde que o mau cheiro proveniente de fábrica de cerveja se tornou difícil de não notar. A indústria está instalada no Distrito de Guaragi, em Ponta Grossa, desde 2016. Segundo Luci, logo no início isso implicou na emissão de água com mau cheiro. A empresa diz que mau cheiro é inevitável, e que tem todas as licenças ambientais.


“Primeiro a água era lançada em uma esquina. Os moradores reclamaram, e aí a empresa lançou a água para outro lado, diante de nossa casa”, relata Luci. A reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais esteve no local na última semana, e constatou que houve a emissão de um líquido de cheiro forte, que secou sobre a terra nas valetas por onde escorre a água da chuva. Ao lado há uma bica por onde escorre água natural, cuja nascente fica dentro do imóvel da fábrica. Segundo Luci, essa água, que percorre várias propriedades, incluindo a sua, também passou a ter mau cheiro nos últimos anos.

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O DC entrou em contato com o proprietário da cervejaria Oak Bier, Ricardo Carvalho, que informou estar ciente da reclamação da vizinha. Mas ele afirma que a lama formada às margens da Rua Francisco Dias da Silva é decorrente das últimas fortes chuvas, que causaram o transbordo temporário da Estação de Tratamento de Resíduos há cerca de três semanas. Também disse que o mau cheiro não é proveniente dessa água, mas da própria Estação, o que seria inevitável, apesar de todos os filtros existentes.


“Temos todas as licenças, seis decantadores, reutilização de água, mas está em volta de moradias. Somos a única cervejaria da cidade que fornece resíduos para geração de energia em usina de compostagem no Distrito Industrial”, diz Carvalho. Ele informa que tem a intenção de interromper a saída de água da mina existente na fábrica. “Mantivemos a saída de água porque moradores da rua de baixo pediram, mas eu vou tirar para não dar mais ‘falação’”, declara.

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Prefeitura


A Prefeitura de Ponta Grossa informou que não recebeu denuncia sobre a situação e que a fiscalização, nesse caso, cabe à Secretaria de Meio Ambiente. “Mas é importante que os solicitantes registrem no sistema 156 para que os responsáveis possam verificar e realizar vistoria no local”, acrescentou, por meio de sua assessoria de imprensa.

IAT


O Instituto Água e Terra (IAT), por meio do Escritório Regional de Ponta Grossa, informou, por meio de nota, que irá deslocar um técnico para verificar a situação de mau cheiro, concentração de moscas e coloração no córrego que fica localizado no endereço. “O problema chegou ao conhecimento do Instituto, que prontamente agendou visita técnica para vistoria no local. Até o momento, não é possível afirmar a causa dos problemas que geram reclamação dos moradores”, disse.

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