Antonio Zloti mora no final da Rua Nestor Victor, em Ponta Grossa. O trecho cortado por arroio tem um pontilhão em madeira que permite que a travessia de pedestres seja feita entre as vilas Santo Antônio e Moisés Lerner. Mas a passagem deveria ser mais segura. Isso porque, há cerca de 10 anos, teria início a obra de um pontilhão em concreto.
“Uma equipe veio aqui na época, mas só colocaram o concreto na esquina. Não sei se era a prefeitura, ou uma terceirizada. Só sei que o material ficou criando mato e bicho”, diz Zloti. No entanto, o concreto quase nem aparece, sob a vegetação que tomou conta. Zloti entrou em contato com o DC, perguntando se a ponte ainda será feita. E, se não, quem pode retirar o material que virou entulho.
Pesquisa
A prefeitura buscou nos arquivos. A obra é anterior às duas últimas gestões municipais. Na época, 11 pontilhões em concreto pré-moldado foram instaladas no estilo passarela. Porém, a da Rua Nestor Victor não era uma delas.
“Esse trata-se de um pontilhão para veículos. Em vistoria, identificamos que as vigas enviadas até o local foram reaproveitadas de uma outra obra e que seriam utilizadas no referente pontilhão. O município verificará as medidas que podem ser tomadas no momento”, informou a prefeitura, por meio da assessoria de imprensa.
100 pontilhões
A estimativa é de que existam mais de 100 pontilhões em Ponta Grossa. Somente em 2019, 40 passaram por reformas em diversos pontos da cidade, tendo como prioridade os que apresentavam as piores condições estruturais. De madeira, a estimativa é que sejam 25 no total. A manutenção dos pontilhões está no cronograma de trabalhos prestados pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Todavia, a população pode indicar eventuais problemas em pontilhões através do 156.