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Missas no Dia de Finados celebram a fé na ressurreição

A memória dos fiéis falecidos será celebrada, neste dia 2, pela Igreja Católica com missas no Cemitério Jardim Paraíso, administrado pela Diocese de Ponta Grossa, e na cripta da Catedral Sant’Ana. As celebrações no cemitério começam às 8 horas, com missa presidida pelo bispo dom Sergio Arthur Braschi, e, às 10 e às 15 horas pelo padre Clayton Delinski Ferreira. Haverá também confissões das 9 às 17 horas, adoração com o Santíssimo, e, às 17 horas, culto evangélico. Perto de 100 jovens das Comunidades Shalom, Colo de Deus e Missionários do Amor juntamente com diáconos estarão acompanhando os visitantes para rezar junto às sepulturas. A missa na cripta da Catedral acontece às 9 horas.

A comemoração do Dia dos Fiéis Defuntos acontece na Igreja muito antes do século II, sempre como lembrança dos que já passaram pela terra e estão no céu, na ressurreição, conta o padre Álvaro Nortok. “Os povos pagãos já conheciam certas datas de comemoração de seus mortos. Os cristãos conservaram os costumes que lhe pareciam compatíveis a sua fé e incluíram orações, que foi associado a celebração da missa. Por isso, os que já estão na casa do Pai sempre são lembrados na oração eucarística”, cita, citando que a comemoração do dia 2 foi se solidificando no dia a dia da Igreja. “A prática de se dedicar um dia pelos falecidos aparece, pela primeira vez, em 636 pelo bispo Isidoro de Sevilla, que ordenou aos monges que oferecessem o sacrifício da missa pelas almas dos defuntos, no dia seguinte ao domingo de Pentecostes”, detalha o sacerdote, lembrando ser outro o contexto em que acontecia esse oferecimento na celebração eucarística.

De acordo com padre Álvaro, no início do século IX, um abade Eigil de Fulda prescreveu que, no dia 17 de dezembro, no aniversário da morte do santo fundador do mosteiro de Fulda, se fizesse uma missa em memória de todos os fiéis defuntos. “Mas, é o ano de 998 a verdadeira data do nascimento do Dia de Finados, quando o abade Santo Odilão de Cleony, na França, decretou que em todos os mosteiros sob sua jurisdição se fizesse a comemoração festiva de todos os fiéis defuntos no dia 2 de novembro, acrescentando, em suas palavras, que ‘se algum outro quiser seguir nossa piedade e intenção participe de todos os bons votos e pedidos’”. A data propagou-se rapidamente pela França, Inglaterra, Alemanha, Itália e, particularmente em Roma, se popularizou no século XIII. Em 1915, o papa Bento XV ampliou, via decreto, a comemoração para os sacerdotes de toda a igreja.

O padre Álvaro lembra que a liturgia da missa de Finados foi enriquecida de maneira especial com prefácios, além dos antigos que já existiam. “Por esses prefácios, se percebe que a nova liturgia cuida de expressar o sentido da morte cristã. Proclama que o mistério pascal de Cristo não entristece como os outros que não tem esperança. Por esse motivo se abandonou alguns ritos que traziam o sentido de julgamento final, do dia da ira. Celebramos o dia com essa certeza da fé na ressurreição. As escrituras e cânticos são marcados pela fé no mistério pascal e pela súplica no sentido que seja concedida ao mortos a graça de participar para sempre desse mistério”, enfatiza o padre.

Cemitério

Fundado em 1987, o Cemitério Parque Jardim Paraíso nasceu com o propósito de auxiliar a Diocese de Ponta Grossa na manutenção da suas diversas pastorais e organismos, visando o trabalho de evangelização. Com esse propósito, alguns leigos idealizaram e abraçaram a causa. Tendo entrado em contato com o bispo dom Geraldo Pellanda, expuseram a ideia, que foi acatada. A partir deste momento foram iniciados os tramites para a concretização desse propósito.

Com a aprovação na prefeitura, o bispo buscou apoio junto a uma empresa especializada de Curitiba, que atuava nesta área, a qual foi responsável pela elaboração e execução do projeto. Após a falecimento de dom Geraldo, o Cemitério passou a ser administrado diretamente pela Diocese de Ponta Grossa, a qual confiou a leigos capacitados e experientes a condução do empreendimento.

Atualmente, o Cemitério é coordenado por uma diretoria composta por três sacerdotes, sob supervisão de Dom Sergio Arthur Braschi, e por uma equipe de leigos que resgataram o ideal com o qual havia sido fundado o Cemitério, isto é, em primeiro lugar a evangelização e também a manutenção de todas as atividades pastorais presentes na Diocese. A direção do Cemitério Parque Jardim Paraíso trabalha na expansão de mais dois setores, B e C, além do A, onde existem apenas três pessoas sepultadas. Ao todo, o aumento totalizará 18.587 jazigos.

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