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Metade dos homicídios em PG é cometida com arma de fogo

Tânia Sviercoski defende o fechamento de bares mais cedo para prevenir os crimes / Foto: Peterson Strack

Em todo o ano passado, Ponta Grossa registrou 57 assassinatos, sendo que a metade foi cometida com arma de fogo. O número de assassinatos registrados na cidade em 2016 foi um pouco menor que no ano anterior, quando 60 pessoas foram mortas. Os dados fazem parte da estatística divulgada nesta quarta-feira pela delegada do Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial (SDP), Tânia Maria Sviercoski Pinto.

De acordo com ela, a arma de fogo é o instrumento mais utilizado devido à facilidade de ação do assassino. Além disso, apesar das campanhas de desarmamento, ainda é grande a circulação de pistolas, revólveres, espingardas e outros tipos de arma.

Outro ponto destacado pela delegada é em relação ao motivo dos crimes. Em 35% dos casos o fator que desencadeou o homicídio foi o consumo excessivo de bebida alcoólica. “São situações que acabam fugindo do controle da polícia porque se trata de uma questão cultural. Muitas vezes, a pessoa está bebendo, fica alterada, se envolve numa briga e entra naquela de ‘não levar desaforo para casa’ e comete o crime até sem pensar nas consequências”, observa. São casos diferentes daqueles homicídios premeditados. Como exemplo deste tipo de assassinato, Tânia cita o último caso registrado na cidade, na noite do dia 30 de dezembro, quando dois homens armados foram à frente de uma casa noturna e dispararam tiros contra os seguranças. Dois deles morreram.

Para a delegada, algumas medidas podem ajudar na redução dos homicídios, entre elas, a retirada de armas de fogo de circulação e o fechamento de bares mais cedo. “Da nossa parte, há empenho em solucionar os homicídios e punir os autores. Acredito que essa atitude também pode ser uma prevenção”, comenta.

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