Após nove anos sem uso, em breve a estrutura do antigo Matadouro Municipal de Ponta Grossa, localizada no bairro Neves, deve ser demolida. Em até seis meses, para ser mais exato. Esse é o prazo que a prefeitura deu para o Mariano Atacadista realizar o serviço, que consta no termo de compromisso do estudo de impacto de vizinhança (EIV) do empreendimento.
O documento, assinado na semana passada, ainda prevê que a empresa pague uma medida pecuniária de R$ 223,77 mil e doe o projeto de duplicação da rua Valério Ronchi, que passa em frente ao mercado e ao Matadouro. O trecho que deve receber a obra futuramente fica entre a Avenida Rio Verde e o Viaduto RFFSA.
Questionada pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal DCmais sobre quando e por quem a obra deve ser executada, a prefeitura apenas disse que “somente após a entrega do projeto poderão ser divulgados prazos para início e término de obras a serem realizadas no local”.
Parque
A ideia da administração municipal é transformar a área do antigo Matadouro Municipal de Ponta Grossa, que fica às margens do Rio Verde, em um espaço de lazer.
Como divulgado pelo DC em janeiro deste ano, a prefeitura iria pleitear R$ 700 mil para a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), para realizar a obra. Questionada, a prefeitura não respondeu se já recebeu ou não o dinheiro.
Intitulado de Bosque Rio Verde, o projeto prevê construir um parquinho infantil, academia da terceira idade, quadra poliesportiva, banheiros públicos, pista de caminhada e corrida, estacionamento e área para ciclistas, com compressor de ar e torneiras, além de contemplar também a recuperação das margens do Rio Verde.
Matadouro Municipal de Ponta Grossa
O imóvel do antigo Matadouro Municipal de Ponta Grossa, espaço do bairro Neves que já chegou a abater quase trezentos animais por dia, foi interditado pela Justiça em 2013 devido a irregularidades ambientais. Em 2018, chegou a ser utilizado temporariamente pelo 13º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB) para treinamentos militares, mas o término da permissão de uso ocorreu no mesmo ano e desde então não havia perspectivas de uso do local.
Acordo
O EIV do Mariano Atacadista exigiu muito diálogo entre a prefeitura e a empresa. Isso porque inicialmente o Município solicitou que para compensar o aumento de tráfego o mercado fizesse a obra de duplicação da rua, fosse doada uma faixa de 6 metros de toda a testada do empreendimento e fosse instalada uma nova rotatória na região.
A empresa, inaugurada em junho deste ano, entrou com um recurso pedindo a reavaliação das medidas – e obteve sucesso, já que nenhuma das sugestões iniciais acabou entrando no documento final.