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Mary Vaz vai representar Ponta Grossa em Boston

Maria Aparecida Chaves Vaz chega aos 55 anos como uma das melhores atletas da faixa etária no país. Foto: Arquivo Pessoal

Ela é conhecida (e reconhecida) pelos corredores de rua por ‘abocanhar’ troféus e medalhas nas provas locais. Seja em provas de curta ou longa distância, todos sabem que em Ponta Grossa estará entre as melhores. Porém, a partir do segundo semestre, Maria Aparecida Chaves Vaz vai alcançar novo patamar. A ponta-grossense vai representar a cidade, o estado e o país na Maratona Internacional de Boston, nos Estados Unidos.

Aos 55 anos, completados em março, Mary Vaz vai realizar um sonho e partir para o primeiro evento fora do Brasil. “Essa é uma das maratonas mais importantes do mundo. Logo que comecei a correr passei a pesquisar sobre provas importantes e sempre pensei nela [Boston], mas nunca imaginei que fosse conseguir índice para ir. É o sonho de todo atleta”.

O que parecia utópico vai virar realidade em 11 de outubro – data reservada pela organização para a prova de 42 km pelas ruas americanas. Mary se credenciou para tal feito por méritos próprios.

Ela precisava provar aos organizadores que corre uma maratona em menos de 3h55. Conseguiu 3h28 em Foz do Iguaçu. Mas foi além no Rio Grande do Sul, onde fez o tempo de 3h09 no dia 2 de junho de 2019, terminando a 36ª Maratona de Porto Alegre na 11ª colocação geral. Foi a melhor da categoria entre 50 e 54 anos. “São poucas que conseguem”, admite.

O feito era inimaginável para quem começou há 15 anos o gosto pelo esporte. No entanto, o acompanhamento profissional veio pra valer somente em 2016, projetando justamente as longas distâncias. Ou seja, em pouco mais de cinco anos, Mary Vaz alcança aquela que é considerada a mais famosa e tradicional corrida de longa distância do mundo realizada anualmente. Boston é a segunda mais antiga das maratonas. Criada em 1.897, ela perde apenas para a olímpica, que é disputada desde 1.896, mas de quatro em quatro anos.

Pandemia

No ano passado, o sonho quase virou frustração para a representante de Ponta Grossa. Classificada, Mary Vaz viu a pandemia de covid-19 cancelar a prova internacional. Para 2021, com o coronavírus ainda circulando, os organizadores estabeleceram regras mais rígidas. Dos mais de 23 mil atletas que enviaram inscrição, apenas 14 mil do mundo todo estão selecionados.

Preparação

Devidamente cadastrada para Boston, Mary Vaz treina praticamente todos os dias. São sessões de musculação e quatro dias da semana dedicados a percorrer as ruas de Ponta Grossa. Ela não deixou a pandemia interromper os objetivos.

“Fiquei 15 dias sem treino na pandemia, mas depois segui com a manutenção. Não parei quase nunca. Agora estamos adaptando os treinos já visando à maratona”, explica.

Até mesmo a mudança de data por conta da pandemia acabou sendo benéfica para Mary. Geralmente o evento é disputado em abril, na primavera americana. Desta vez será no outono. “Nessa época deve ser mais frio. Prefiro correr mais no frio do que no calor. Vai ser perfeita para mim essa condição”, reconhece.

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