O Palácio Iguaçu – sede do Governo do Estado do Paraná, em Curitiba – foi o palco da chegada do 27º Transparaná, um dos principais rallis de regularidade do país. Mais de 90 veículos alinharam em cinco categorias: Máster, Graduado, Turismo, Light e Adventure. Entre eles a Pajero guiada pelo ponta-grossense Marcos Bezerra, de 51 anos. Após enfrentar falhas mecânicas, o piloto conseguiu finalizar a competição ao lado do navegador Willian Santos, de Curitiba.
Foram três dias consecutivos de problemas na linha de combustível. Por isso, a dupla não teve chances de lutar pelo pódio da categoria Máster, e terminou o evento na 12ª posição. Nada que desanimasse os dois competidores na linha de chegada.
“Mesmo diante desta situação, melhorávamos a nossa performance dia a dia, tanto que se não tivéssemos quebrado na última etapa, pelas parciais, teríamos feito um terceiro lugar”, lembra o ponta-grossense.
“Foi um grande aprendizado e acredito que isso tenha sido o mais importante no meu retorno às competições. Serviu como preparação para as demais provas que faremos em 2021”, garante Bezerra. Ele tem convicção de que a dupla possui condições de andar perto do pelotão da frente.
Experiência não falta. O representante de Ponta Grossa tem mais de 15 anos de carreira na modalidade. Contudo, ele estava um pouco ‘enferrujado’, pois precisou fazer uma pausa de quase cinco anos. A retomada ocorreu justamente na 27ª edição do Transparaná.
O ralli teve aproximadamente mil quilômetros, largando em Foz do Iguaçu e chegando em Curitiba. O percurso cortou o Paraná de oeste a leste, passando por cidades como Cascavel, Laranjeiras do Sul, Guarapuava, Irati, Imbituva, Porto Amazonas e São Luiz do Purunã.
“Foi um excelente Transparaná, com provas técnicas, bem medidas, vários laços e balaios. O tempo estava seco e, devido às características do terreno, na maior parte do percurso levantamos muita poeira. Poucos foram os setores com barro”, descreve Bezerra.
Memorável
O 27º Transparaná obedeceu a protocolos de biossegurança de prevenção da covid-19. Estiveram presentes representantes de 13 estados e 45 cidades do país.
“Esse foi um Transparaná memorável. Foi um evento difícil de começar a fazer por conta da situação da pandemia e pensamos se seria viável ou não. Mas o Transparaná não gera aglomeração nas corridas, no máximo nas chegadas das etapas. Por isso, não divulgamos muito a nossa passagem, para evitar que as pessoas fossem até os locais. Mudamos o sistema de premiação, que recebeu 100% de aprovação”, afirma o diretor geral do evento, Vinícius Gunha, o Gallo.