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Manifestantes de PG elaboram lista de ‘empresas patriotas’

Foto: José Aldinan / Arquivo DC

A Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Ponta Grossa, se tornou o ponto de permanência e de encontro dos manifestantes insatisfeitos com a recente eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente. Desde a semana passada, eles estão entre a Catedral Sant’Ana e o quartel do Comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada. A mobilização aumenta nos feriados e finais de semana, e a praça foi tomada por barracas e banheiros químicos. Nesta semana, o grupo está montando uma lista* de “empresas patriotas”. Ou seja, aquelas diretamente envolvidas nas manifestações, e que optaram por fechar as portas nesta segunda-feira (7).

Empresas patriotas

Até o final desta tarde, uma lista chegou a circular e pelo menos 95 empresas* foram elencadas, de diferentes segmentos, revelando a interrupção dos atendimentos nesta segunda.

*O DC não divulga a lista de empresas que fecharam nessa segunda-feira, porque se trata de conteúdo constantemente atualizado, e enviado somente via grupos de Whatsapp. Seria necessário confirmar a informação com cada um dos estabelecimentos.

Comércio

Apesar disso, o comércio na área central da cidade parecia o mesmo de uma típica segunda-feira. A maioria dos comerciantes está focada nas vésperas da Copa do Mundo (com a venda de televisores e sofás) e na proximidade com o Natal.

Enquanto empresários diretamente envolvidos nos protestos tentam manter a mobilização e buscar novos participantes, entidades representativas do setor como Fecomércio-PR, Sindilojas e ACIPG já se manifestaram contrárias a qualquer manifestação que interrompa o giro da economia e a livre movimentação de pessoas.

Divisão

Os bolsonaristas agora claramente se dividem. De um lado, estão aqueles que buscam apoio do Exército ao som do Hino Nacional e orações em praça pública. De outro, estão os que seguem trabalhando e acreditam que agora é preciso seguir em frente, aguentar Lula na presidência por quatro anos, planejando as próximas eleições.

Sem ‘mito’

O movimento dos auto-intitulados “patriotas” novamente mudou seus contornos em escala federal. No Twitter, a nova orientação é para deixarem de usar o termo “intervenção”. A mensagem agora deve ser de “SOS Forças Armadas”. Camisetas com nome e rosto de Bolsonaro, assim como o uso do termo “mito” e slogan “Deus acima de tudo, Brasil acima de todos” também estão sendo evitados.

Redes sociais

Nas redes sociais dos manifestantes, se multiplicam relatos de supostas fraudes nas eleições. Alguns deles se referem a votação realizada em seções eleitorais inexistentes. Outras questionam o fato de Bolsonaro ter tido zero votos em algumas urnas. Em meio à disseminação de fake news, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira foi um dos que tiveram contas das redes sociais temporariamente suspensas, o que aumentou teorias da conspiração sobre a confiabilidade das urnas.

A reportagem do DC entrou em contato com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e perguntou quantas denúncias de irregularidades no processo eleitoral foram recebidas. Não houve resposta até o fechamento desta edição.

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