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Mãe e filha incentivam cuidados na pandemia

Foto: Mariana põe máscaras para doação no portão de casa há mais de um ano/ José Aldinan

Apesar do avanço – lento, porém contínuo – na vacinação contra covid-19, especialistas em saúde lembram que permanece a necessidade de uso de máscaras para conter o contágio pelo coronavírus. Mariana Beltrami, 36 anos, e sua mãe Clélia, 71 anos, sabem disso.

Desde o início da pandemia elas produzem e doam máscaras, que são penduradas no portão de casa, na Rua Saldanha da Gama, Bairro Jardim Carvalho, em Ponta Grossa. Mariana estima que pelo menos 3,5 mil máscaras já foram disponibilizadas.

Mariana é filha do médico Carlos Beltrami, que faleceu aos 87 anos em 30 de julho de 2020, e foi  referência no município no atendimento à população. Como um símbolo, ela e a mãe mantêm a atividade doação de máscaras desde abril do ano passado. “A gente pensou em parar, mas acabou sendo bom pra gente, mesmo depois que o pai faleceu”, conta Mariana, que ajuda Dona Clélia na confecção das máscaras. “Todas têm três camadas de pano e são  colocadas no sol”, comenta a mãe, trazendo nova remessa para colocar diante da casa, mas pedindo para não aparecer na foto. “Você devia ter vindo 30 anos atrás”, brinca.

Um trecho pequeno do portão, já com a tinta descascada, revela a atividade quase diária de  prender com adesivos os pacotinhos com máscaras. “É curioso, mas quem passa de bicicleta ou com carrinho de recicláveis pega um ou duas máscaras. Às vezes passa alguém de carro e quer levar bem mais”, comenta Mariana, revelando o perfil de quem se beneficia da iniciativa voluntária.

Juntas, elas continuam produzindo as máscaras de tecido, aguardando o dia em que elas deixarão de ser penduradas no portão. Pelo simples motivo de não haver mais necessidade.

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