Preso em Ponta Grossa na tarde de ontem (22), Luís Felipe Messias Costa, de 29 anos de idade, confessou em depoimento à Polícia Civil ter matado o professor Onírio Carlos Silvestre, de 59. Os dois tinham relacionamento há cerca de três anos, inclusive com visitas à família do educador em Ponta Grossa. No depoimento, o autor confesso disse que agiu em legítima defesa.
Luís Felipe foi ouvido pelos policiais em Curitiba, onde o crime ocorreu, por aproximadamente uma hora. Ele deu detalhes do assassinato e confirmou que vendeu pertences da vítima ao fugir.
Entre os itens comercializados estavam o celular de Onírio e o GM Ônix que pertencia ao docente e foi usado na fuga. Luís Felipe vendeu o carro por R$ 600,00 em Ponta Grossa.
“Ele tinha pedido R$ 500,00 no carro, mas o comprador achou o preço baixo e pagou R$ 600,00”, relatou a delegada Tathiana Guzella em entrevista coletiva na capital do estado.
Com a repercussão do caso, o tal comprador optou por colocar fogo no carro. O Ônix vermelho foi encontrado em chamas na noite de ontem (22) na Estrada do Alagados, zona rural de Ponta Grossa.
Teor do depoimento
O autor confesso do crime disse que o assassinato aconteceu durante uma briga. Na versão de Luís Felipe, Onírio teria partido para cima dele. O rapaz então teria usado a faca, encontrada cravada no peito do professor, para se defender.
Por sua vez, a Polícia Civil afirma que o depoimento do investigado tem contradições, incluindo a forma como a morte teria acontecido e o jeito que o corpo acabou encontrado. Além da faca cravada perto do coração, a vítima estava amordaçada com panos, o que sugere cena mais cruel.
Luís Felipe Messias Costa vai responder pelo homicídio, pelo furto dos objetos e também vai ser enquadrado no crime de falsidade ideológica. O rapaz, que tem familiares em Ponta Grossa, permanece preso em Curitiba.