Entidades ligadas às indústrias de Ponta Grossa estão pleiteando a construção de um Campus do Instituto Federal do Paraná (IFPR). A reivindicação é para atender a demanda de formação de alunos em cursos técnicos.
Atualmente, em Ponta Grossa, o IFPR conta com um curso que é uma extensão da unidade de Curitiba, por isso não tem recursos, orçamento e concurso próprio para atender a demanda.
O Governo Federal irá abrir 100 novos Campus do Instituto Federal pelo Brasil todo em 2024 e a cidade de Ponta Grossa não está inclusa na primeira listagem de locais contemplados.
Pedido de ampliação
Com isso, a unidade não consegue ampliar os cursos e nem atender a demanda dos alunos que buscam os cursos técnicos. “Nós queremos uma sede própria para aumentar a estrutura e atendimento para os estudantes. Estamos pedindo há alguns anos o campus e mobilizando as entidades e políticos da nossa região para que nosso pedido seja atendido pelo Governo Federal”, explica o coordenador de cursos do IFPR em Ponta Grossa, professor Adriano Stadler.
A cidade de Ponta Grossa não possui uma escola técnica federal desde que o CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná se transformou em Universidade, e deixou de ofertar cursos técnicos de nível médio (sejam integrados ou subseqüentes), há mais de 10 anos.
Estrutura atual do IFPR
O Centro de Referência de Ponta Grossa utiliza a estrutura cedida pela UEPG no Campus Uvaranas. Esse espaço conta com quatro salas de aula e um laboratório de informática, que é compartilhado com os eventos da UEPG no espaço chamado Centro Integrar.
O IFPR ainda tem quatro turmas do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, com um total de 130 estudantes.
Professores do IFPR
O Centro de Referência do IFPR não possui professores atuando exclusivamente na unidade. Os professores que ministram aulas em Ponta Grossa são servidores de outras cidades como União da Vitória, Irati, Telêmaco Borba e Campo Largo.
“Eles realizam essa atividade de forma voluntária, por meio de um termo de cooperação parcial, sem ajuda de custo e sem diminuição de seus encargos didáticos no seu local de trabalho de origem”, explica Stadler. O reitor do IFPR ainda ressalta que alguns termos de cooperação com os professores devem finalizar em junho deste ano, e com a falta de uma estrutura do instituto, eles ainda não sabem como as aulas irão ficar sem esses docentes.
União das entidades industriais
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), o Núcleo das Indústrias de Ponta Grossa (NDI), o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) se uniram para pleitar a construção do Campus da IFPR em Ponta Grossa.
Para a presidente da ACIPG, Giorgia Bin Bochenek, a união das entidades é fundamental para que a sociedade e governo federal e estadual entendam a demanda para a cidade de Ponta Grossa.
“Nós precisamos desse campus para a ampliação de cursos e vagas que atendam a mão de obra da indústria no município. Só que isso só é possível com uma estrutura adequada e dedicada para o IFPR”, explica. A presidente da ACIPG ressalta que a entidade irá enviar ofícios para deputados federais e estaduais para reforçar o pleito da construção do Campus do Campus do Instituto Federal do Paraná.
Vagas e aumento de renda
Já a presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG), Priscilla Jaronski, ressalta que com a formação de novos alunos as indústrias investem em aberturas de vagas de emprego e aumento salarial. “A maioria das vagas da indústria que tem formação técnica são com salários maiores. E isso é ciclo virtuoso, já que dessa forma começa a circular mais dinheiro na cidade, promovendo mais investimentos por parte das empresas”, diz.
Priscilla ainda destaca que o envolvimento de toda a sociedade, bem como representantes políticos, será de extrema importância para que o Campus da IFPR seja implementado em Ponta Grossa.
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