A equipe do Instituto de Criminalística de Ponta Grossa esteve, na manhã de sábado (16), na escola estadual do distrito de Guaragi, onde uma explosão em poço desativado ocasionou ferimentos em três funcionárias, na última semana.
Com apoio da Defesa Civil do município e do Corpo de Bombeiros, os peritos analisaram objetos que estava no fundo do poço e coletaram substâncias que serão encaminhadas para o laboratório de Curitiba. O objetivo é identificar que elementos foram responsáveis pelo incidente, que levou a Seed a abrir uma sindicância e a Polícia Civil um inquérito para identificar as circunstâncias em que se deu o fato.
De acordo com as primeiras informações dos peritos, foram encontrados alimentos como biscoitos e farinha de milho amarela que, por si só, não são suficientes para gerar combustão, menos ainda explosão. O detector de gás também não identificou nenhum tipo de gás inflamável, a exemplo de metano, que poderia ser liberado por matéria orgânica em decomposição. Alguns materiais coletados serão analisados para identificar se há vestígios de derivados de petróleo no local.
Embora estivesse desativado, o poço não estava lacrado. A explosão fez a tampa levantar e rompeu as paredes do poço que ficam cerca de 30 centímetros acima do nível do solo. Os peritos detectaram grande quantidade de entulho no fundo do poço, sendo impossível verificar tudo o que havia dentro. O Núcleo Regional de Educação foi acionado para proceder à retirada de todos os materiais. A área da explosão continua isolada. A estimativa é que a análise dos materiais colhidos fique pronta dentro de 30 dias.