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Lançado documentário sobre as primeiras travestis de Ponta Grossa

Foto: Foca Play/ divulgação

Na última semana foi lançado um documentário sobre as primeiras travestis de Ponta Grossa. A produção “Sobre Vivências Travestis” revela como Debora Lee e Fernanda Riquelme sobreviveram à repressão, preconceito e até mesmo à epidemia de HIV e AIDS, que por anos assolaram a comunidade.

Disponibilizado na plataforma de streaming do Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Foca Play (assista no final deste post), a obra narra a história das duas, que através de fotos e relatos relembram locais e momentos importantes da história do município dentro da trajetória pessoal de cada uma. A produção é de autoria do Projeto de Extensão ELOS do departamento de jornalismo da instituição e contou com o apoio da ONG Renascer, que trabalha para defender a liberdade e o direito à livre orientação sexual e a identidade de gênero na cidade.

Em entrevista ao documentário, a travesti Debora Lee lembra os momentos mais tensos de sua vida, como a precoce vida sexualizada, já que com a morte de sua mãe acabou sendo aliciada no mundo da prostituição. “Nos meus 16 anos eu consegui fugir de dentro da zona”, afirmou a travesti ao lembrar dos momentos em que passou sendo forçada a dançar e fazer sexo em uma casa de prostituição em Ponta Grossa.

Já Fernanda Riquelme se recorda de que a anos atrás o termo gay, homosexual ou mesmo travesti não estavam no vocabulário dos ponta-grossenses. “Se você era afeminado, automaticamente te chamavam de viadinho, que era o termo que eles usavam a anos atrás como algo normal”, explica Fernanda sobre o preconceito que começou a viver já desde que era criança.

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