‘Sentir é sucinto’, quinta obra do escritor Kleber Bordinhão, chega ao público nesta quarta-feira (21) com lançamento no Phono Pub. O livro, publicado pela Editora Penalux, é uma coletânea de haicais produzidos com temas recorrentes em seus poemas, como relacionamentos, amor e cotidiano.
O lançamento será a partir das 19h30 e terá a mediação do jornalista e professor Rafael Schoenherr. Haverá ainda um segundo evento no sábado, também no Phono Pub, paralelo ao lançamento do primeiro disco da banda A Coisa, parceira musical do poeta.
Autor de Distâncias do Mínimo (2010), Ano Neon (2013), Fictícias (2014) e Carta aos Cortes (2018), Kleber Bordinhão conversou com o DC sobre seu novo livro:
Diário dos Campos – É a primeira vez que você lança dois livros no mesmo ano. Qual a diferença do autor de 2018 para os anos anteriores?
Kleber Bordinhão – No que se refere à minha produção não mudou muita coisa. Meu último livro ‘Carta aos Cortes’ é de poemas inéditos produzidos nos últimos quatro anos, já o ‘Sentir é sucinto’ é uma coletânea de haicais publicados nos meus outros livros, possui poemas escritos entre 2008 e 2017.
DC – A escolha do nome da obra tem a ver com a brevidade do haicai?
K.B. – Sim, esse verso foi escolhido justamente por isso, por representar a concisão do haicai. A poesia curta e forte, simples sem ser simplória.
DC – ‘Sentir é sucinto’ já é sua quinta obra. Você sente um amadurecimento a cada novo lançamento? Cada obra publicada ensina algo que é transmitido para o próximo livro?
K.B. – Sim, e acredito que seja natural com o passar dos anos, as preocupações e interesses mudam. No caso desse livro, por ser uma coletânea que abrange 10 anos de produção, embora os poemas não estejam dispostos cronologicamente, as diferenças entres eles são perceptíveis.
DC – Eles são autobiográficos?
K.B. – Alguns são, da época que escrevia coisas autobiográficas. Outros são invenções, outros são um pouco dos dois, está tudo misturado.
DC – Nesta obra você traz versos de Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, entre outros. São autores que te acompanharam nestes últimos 10 anos de produção que resultaram em ‘Sentir é sucinto’?
K.B. – Sim, Drummond, Clarice, Caetano e Manoel de Barros há muito tempo, só Rubem Braga que é mais recente, tenho lido muito suas crônicas e, assim como os outros autores, estão no livro pela importância que dão ao cotidiano em suas obras, para se produzir haicais é preciso ter um pouco desse olhar de cronista.
Serviço:
Lançamento ‘Sentir é Sucinto’
Data: 21 de novembro (quarta-feira)
Local: Phono Pub (Balduíno Taques, 1334)
Horário: 19h30
Entrada gratuita
‘Sentir é Sucinto’ + Banda A Coisa
Data: 24 de novembro (sábado)
Local: Phono Pub (Balduíno Taques, 1334)
Horário: 21 horas
Entrada: R$ 10 (cliente com cartão Regular Phono não paga)