Os três suspeitos do homicídio qualificado do tenente-coronel reformado da Polícia Militar, Valdir Copetti Neves, receberam intimação do Juiz Thiago Bertuol de Oliveira. Eles foram convocados a comparecer ao julgamento marcado para o dia 27 de fevereiro de 2024, às 08h30, na Comarca de Ponta Grossa.
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Conforme a denúncia do Ministério Público, o homicídio de Valdir Copetti Neves, que na época tinha 63 anos, ocorreu em 29 de outubro de 2018. Ele foi vítima de uma emboscada ao sair de sua fazenda, localizada às margens da PR-153, no distrito de Itaiacoca, em Ponta Grossa. Neves foi atingido por pelo menos 13 disparos de arma de fogo, principalmente na cabeça e no tórax, falecendo no local do incidente.
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Acusações
Copetti Neves teve seu nome conhecido entre 2005 e 2010, por conta da atuação no combate à ocupação de propriedades rurais por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Ele chegou a ser acusado de coordenar as atividades de um grupo de policiais aposentados que faria a segurança ilegal em propriedades rurais na região dos Campos Gerais, respondendo mais tarde pelos crimes de formação de quadrilha, constrangimento ilegal e tráfico internacional de armas de fogo.
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Caso Evandro
Copetti Neves ficou conhecido por atuar no Caso Evandro, era capitão da Polícia Militar, liderava o Grupo Águia e supervisionou a Operação Magia Negra, documentada em um relatório por ele assinado. Policiais de Ponta Grossa participaram da operação.
Sob o comando de Neves, o grupo enviado cometeu erros e irregularidades, que comprometeram a investigação. Até hoje não se sabe o que aconteceu com as crianças desaparecidas nos anos 90, em Guaratuba, litoral do Paraná, Evandro Ramos Caetano e Leandro Bossi.