O motorista de aplicativo Johny Querotti de Souza, conhecido como Tigrão, morreu neste final de semana aos 42 anos de idade. Ele é mais uma vítima da pandemia de covid-19 em Ponta Grossa. No caso de Johny há uma triste peculiaridade. Ele passou 7 meses internado no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG) lutando contra a doença e suas sequelas.
Em uma das últimas postagens nas redes sociais, ainda em fevereiro, o trabalhador mostrava preocupação com a pandemia. “O povo perdeu amor pelas pessoas. Ainda mais numa pandemia em que estamos vivendo e perdendo amigos e familiares”, escreveu no dia 23 daquele mês. Poucos dias depois, ele foi contaminado pelo coronavírus e precisou de internamento.
Naquele período, Ponta Grossa passava pela fase mais crítica da pandemia. Em março, colegas de trabalho de Johny já demonstravam preocupação com o estado de saúde dele. Até junho o quadro de saúde, conforme os amigos, seguia oscilando com melhoras e pioras repentinas. Cenário típico de pacientes da doença.
Durante o internamento, o grupo de motoristas ‘Caveiras PG’ organizou vídeos em homenagem ao companheiro e estava na torcida pela recuperação. No entanto, sete meses após a hospitalização, Johny não resistiu. Ele entrou em óbito neste domingo (19) em Ponta Grossa.
“Descansa em paz, amigo. Você foi forte”, escreveu um dos amigos. “Deixará muita saudade com seu entusiasmo e sorriso contagiante”, postou Willian Mikoszewski, um dos líderes do ‘Caveiras PG’.
O corpo de Johny Tigrão foi velado e sepultado ainda no final de semana no Cemitério Parque Jardim Paraíso. O trabalhador deixa três filhos: Natan (13 anos), Eliabe (7) e João Francisco (5).