A lápide de Polycarpo R. Borges, cuja inscrição vem chamando a atenção após divulgação em postagem nas redes sociais e reportagem realizada pelo Diário dos Campos, continua estimulando a imaginação dos ponta-grossenses.
A placa ainda está no ossário do Cemitério Municipal São José, no Centro de Ponta Grossa. Lavada, a pedra que sustenta há 94 anos mensagem de saudades de sua esposa Claudina Borges, agora parece desafiar a imaginação de quem visita o lugar no qual repousam os restos mortais de Poly, desde que faleceu, aos 123 anos, 7 meses e 20 dias de idade.
Esse destaque para a idade demonstra que havia a real intenção de enaltecer o feito de Polycarpo, de viver por tanto tempo. Muitos estão duvidando, porque existe divergência entre a idade relatada na certidão de óbito e na certidão de casamento.
Uma filha
Mas André Rosa, que foi quem primeiro compartilhou a história da lápide nas redes sociais, e lançou questionamentos, diz que novas informações não param de chegar. “Descobrimos que a Claudina Borges morreu 7 anos depois do Poly, aos 83 anos de idade, em 31 de dezembro de 1934. E também descobrimos que uma filha do Poly morreu com 117 anos, em 1944. incrível, não?”, diz Rosa, apontando que a longevidade poderia ser algo genético.
Claudina
Um documento compartilhado pelo também seguido da página Ponta Grossa Memória Viva, do Diário dos Campos, Anderson Ferreira, aponta que Claudina era negra, nascida em 1855, e seu pai era desconhecido. Teria sido ela uma escrava, já que nasceu antes da Lei do Ventre Livre?
Dúvidas
Muitos acabaram se envolvendo na pesquisa. A tarefa de encontrar as informações na internet acabou se tornando um desafio, após quase um século da partida de “Poly”. Todos querem responder à pergunta: teria mesmo esse lavrador, morador de Entre Rios (atual distrito de Guaragi), vivido todo esse tempo, sendo o homem mais longevo de que se tem notícia? E quem era sua esposa? Quem são seus descendentes?