Um homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio qualificado foi condenado em julgamento no Tribunal do Júri de Ponta Grossa a 25 anos de reclusão em regime fechado. Conforme apurado pelo MPPR, ele era integrante de grupo rival (facção) de uma organização criminosa que age a partir de presídios.
O crime julgado ocorreu em outubro do ano passado, no Jardim Atlanta, e culminou na morte do pintor Abimael Jonatas Santos Nascimento, de 22 anos. De acordo com o MP, o assassinato foi motivado justamente por uma disputa entre facções.
Durante o julgamento, todos os pedidos apresentados pelo MPPR foram acolhidos, sendo reconhecidos pelos jurados as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Abimael foi morto com mais de 30 tiros.
Os disparos foram desferidos pelo réu, agora condenado, e por outros dois denunciados, que ainda aguardam julgamento. Por conta dos antecedentes criminais – condenações anteriores e outros processos – não foi concedido a ele o direito de recorrer em liberdade.
Outras mortes
No julgamento, o Ministério Público destacou a série de homicídios violentos ocorridos em Ponta Grossa a partir de 2019, relacionados diretamente a conflitos do crime organizado pelo comando do tráfico de drogas na cidade.
Essa situação levou o MPPR a deflagrar em junho deste ano a Operação Pax, realizada por meio do núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Elementos colhidos durante essa ação foram utilizados durante a sessão do Júri em PG.
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