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Inflação em Ponta Grossa: produtos básicos têm maior alta do ano

A compra dos 33 itens básicos de supermercado bateu recorde histórico na cidade e passou a custar R$ 730, R$ 63 a mais do que no mês anterior

A inflação em Ponta Grossa tem subido bastante nos últimos meses. A compra dos 33 itens considerados como a cesta básica para famílias formadas por três pessoas e com renda entre 1 e 5 salários mínimos bateu um novo recorde em Ponta Grossa em setembro, após registrar a maior alta mensal no ano: R$ 730,57, R$ 63,39 a mais do que no mês anterior.

Os dados são da pesquisa feita pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (Nerepp) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). 

Este aumento ocorreu justo quando a inflação nacional (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo/IPCA) bateu recorde mensal para o mês de setembro desde a criação do Real (1994) – mas, enquanto que a inflação oficial registrou índice de 1,16%, no mesmo período o combo de produtos básicos em Ponta Grossa encareceu 4 vezes mais, já que totaliza +4,8% em termos percentuais.

Comparando este preço ao de períodos anteriores, a alta é ainda maior: no ano (jan/21-set/21) são mais R$ 63,39 (+9,5%), no período de 12 meses (set/20-set/21) são mais R$ 91,27 (+14,27%) e em dois anos (set/2019-set/2021) o incremento é de R$ 223,98 (+44,21%).

Salário mínimo

Uma das formas de avaliar o impacto do preço dos itens básicos no bolso dos ponta-grossenses é compará-lo com o salário – que dificilmente acompanha a alta do custo de vida.

Há dois anos, em setembro de 2019, a compra de produtos básicos na cidade consumia metade do salário mínimo vigente – R$ 50,76 de cada R$ 100, exatamente. Há um ano essa parcela subiu para R$ 61,18 a cada R$ 100 e agora já representa R$ 66,42 a cada R$ 100 da renda mínima.

Os vilões da inflação em Ponta Grossa

O estudo elaborado pelos pesquisadores da UEPG divide os 33 itens considerados básicos em cinco grupos: alimentação em geral, hortifrutigranjeiros, carnes, higiene e limpeza – e, de agosto para setembro, todos totalizaram preços maiores.

No último mês, os “vilões” da inflação em Ponta Grossa foram os produtos de limpeza, que no total subiram 14,23%. Dentre eles, o produto de maior variação positiva foi o desinfetante (+20%) e o produto de menor variação positiva foi a água sanitária (+2,6%).

Em segundo lugar estão os hortifrutigranjeiros (+8%), tendo as maiores variações no tomate (+35%) e na cebola (-7%). Na sequência aparecem as carnes (+6,5%), sendo que todas ficaram mais caras. A maior alta foi do frango (+14%) e a menor da carne bovina (+3%). 

O grupo de alimentação em geral registrou uma média de +2,97%, com destaques para a margarina (+10%) e para o sal (-5%) e os produtos de higiene tiveram uma variação de 1,75%, tendo nas “pontas” o condicionador (+10%) e o desodorante (-2%). 

Como é feita a pesquisa

A pesquisa da inflação da cesta básica de Ponta Grossa é divulgada mensalmente pelo Nerepp/UEPG. O índice é próprio para famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos, com 3 pessoas em média e residentes na cidade, e exclusivo para representar as compras realizadas no sistema delivery dos supermercados. O índice do mês de setembro de 2021 corresponde ao período da primeira semana de setembro com a primeira semana de outubro de 2021.

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