Foto: Divulgação
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Incêndio atinge Mosteiro da Ressurreição em Ponta Grossa

Fogo teve início em curto-circuito e trouxe prejuízos aos monges

O Mosteiro da Ressurreição, espaço destinado à oração, retiro espiritual e, algumas vezes, turismo religioso em Ponta Grossa, sofreu danos severos em uma de suas alas. O incidente foi na madrugada de quarta-feira (30), mas a informação só foi divulgada nesta sexta-feira (1º).

De acordo com a Diocese de Ponta Grossa, as chamas tiveram início na fábrica de velas, espaço onde os monges produzem artefatos religiosos, cujo comércio é fonte de renda para pagamento de suas despesas.

Mosteiro da Ressurreição

Não houve feridos, mas o Mosteiro da Ressurreição, que fica na Colônia Eurídice, Bairro Chapada, agora vai precisar de ajudar para reconstruir seu espaço de trabalho.

A análise do local, após o incidente, permite supor que o fogo iniciou com um curto-circuito. Os monges perderam duas máquinas e uma grande quantidade de velas que estavam prontas, aguardando apenas os serviços de acabamento para serem entregues. Além disso, houve danos em toda a fiação elétrica, telhado, materiais e utensílios usados na fábrica.

Duas máquinas foram perdidas totalmente

“Esse é o nosso ganha pão’. Ainda temos que dar graças a Deus que isso aconteceu no final da safra de produção de círios. Vamos conseguir atender todos os nossos clientes”, comenta o ecônomo e Prior do mosteiro, dom Bento de Souza, citando que, após a Páscoa, serão levadas o restante das máquinas para São Paulo para que sejam avaliadas e, se possível, restauradas. “Todos os anos, nossa comunidade passa por algum momento difícil no Tempo da Quaresma. Sempre uma provação. Não poderia ser diferente, pois nosso mosteiro leva o nome do grande Mistério de Jesus Ressuscitado. Somos o Mosteiro da Ressurreição. Foi para nós um dia muito triste”, lamentou dom Bento.

Quadro de São Miguel ficou apenas chamuscado

Máquinas

De acordo com o Prior, foram necessários alguns anos de trabalho para aquisição das máquinas, que infelizmente foram destruídas. “Temos que agradecer a Deus, que tudo aconteceu na madrugada e ninguém sofreu qualquer arranhão ou queimadura. O fogão industrial ficou destruído, mas o botijão de gás, intacto. Tínhamos um quadro com a imagem de São Miguel na parede acima da porta, que liga a fábrica ao depósito de embalagens de papelão e todo o nosso estoque de velas, círios e matéria-prima para o acabamento dos pedidos. Por pura graça, o fogo não avançou nem queimou o quadro de São Miguel em MDF. O quadro ficou chamuscado com a fumaça, caiu da parede, mas não queimou”, contou.

Campanha por recomeço

“Vamos recomeçar! Deus nunca nos abandonou durante todos esses anos. Sem a experiência de chorar com Jesus a dor do seu calvário, jamais provaremos a alegria de cantar o ‘Aleluia Pascal’ da sua vitória na cruz. Vamos cantar o ‘Aleluia’, com a certeza de que das cinzas ressurgiremos e retomaremos nossas atividades a todo o vapor”, enfatizou.

Conforme dom Bento, uma rifa deve ser realizada para obter os recursos necessários para reorganizar a fábrica. Os monges também estão aceitando doações, via PIX, à Associação Mosteiro da Ressurreição, CNPJ 78280120000187. “Deus os abençoe imensamente. Contem sempre com as nossas orações de todos os dias. Rezem por nós”.

Obras

Os monges beneditinos estão construindo um novo mosteiro no distrito de Itaiacoca. O local está em obras há oito anos. “Para a mudança ainda falta muito. Estamos terminando a cobertura da Igreja, mas temos muitos trabalhos pela frente”, adiantou dom Bento. Atualmente, 31 monges vivem no mosteiro. (Com assessorias)

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