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Inadimplência em Ponta Grossa atinge um terço da população

Foto de mulher desesperada com contas, que representa a inadimplência
Foto: Divulgação

1 a cada 3 ponta-grossenses consta como inadimplente no sistema do Serasa – e isso considerando a população total da cidade. Juntos, os 119.574 devedores da cidade deixaram de pagar mais de meio bilhão de reais. Os dados da inadimplência em Ponta Grossa são de um levantamento do Serasa feito a pedido da reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais e estão atualizados até o mês de outubro.

No comparativo entre as cinco maiores cidades do estado, proporcionalmente Ponta Grossa tem a segunda maior quantidade de inadimplentes (33,3%), já que em primeiro lugar está Cascavel (38,7%). Em terceiro aparece Londrina (31,2%, seguida de Curitiba (30,4%) e Maringá (27,4%).

Tamanho das dívidas

Apesar de ser destaque em quantidade de inadimplentes, neste recorte de cidades Ponta Grossa tem aqueles que devem menos: o município registra o menor valor total devido, o que também indica que possui o menor valor médio de dívidas por pessoa. São R$ 562,78 milhões no total, o que indica uma média de R$ 4.706,55 por inadimplente.

Esta média chega a R$ 5.844,24 em Maringá, onde o total de dívidas soma R$ 699,39 milhões, R$ 5.367,60 na capital (total de R$ 3,37 bilhões), R$ 5.417,56 em Londrina (total de R$ 983,99 milhões) e R$ 4.964,27 em Cascavel (total de R$ 646,35 milhões).

No valor médio por dívida, novamente Ponta Grossa se destaca positivamente, com R$ 1.368. Em Curitiba a média é de R$ 1.832, em Maringá R$ 1.569, em Londrina R$ 1.408 e em Cascavel R$ 1.386.

Crescimento na pandemia

Durante a pandemia, ou seja, comparando os dados de março de 2020 com outubro de 2021, Ponta Grossa foi a cidade que teve o maior crescimento em total de inadimplentes entre as cinco maiores do Paraná. Foram +4%, versus +3,9% em Cascavel, +3,5% em Maringá, +1,8% em Londrina e -0,4% em Curitiba.

Considerando a variação do valor total das dívidas, o ranking da pandemia se altera: em Cascavel foram +20,8% (+R$ 111,62 milhões), em Ponta Grossa +20% (+R$ 93,78 milhões), em Londrina +6,9% (+R$ 63,65 milhões), em Maringá +3,3% (+R$ 22,48 milhões) e em Curitiba +2,1% (+R$ 71,52 milhões).

2021

Os dados do Serasa também mostram que a crise foi intensificada neste ano, já que o total de inadimplentes de janeiro a outubro de 2021 cresceu mais do que a variação da pandemia em todas as cidades: foram +9% em Ponta Grossa, +8% em Maringá, +7,4% em Cascavel, +6,7% em Curitiba e +6,5% em Londrina.

Paranaenses chegam ao fim do ano mais endividados

Os paranaenses chegaram ao fim do ano um pouco mais endividados. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 92% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida em novembro. É o maior percentual de famílias endividadas no mês de novembro de toda a série histórica e o mais alto desde agosto de 2013, quando chegou a 93,5%.

No cenário nacional, o nível de endividamento do consumidor brasileiro vem crescendo gradativamente nos últimos 12 meses, chegando a 75,6% no mês passado.

Apesar do endividamento em ritmo crescente, com a segunda alta consecutiva, a inadimplência vem caindo desde junho no Paraná. Os paranaenses com contas atrasadas foram 18,5% no mês passado e os que reconheciam não ter condições de quitar seus débitos eram 6,2%, uma queda de 42,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Inadimplência de pessoas físicas nas maiores cidades do Paraná

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