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IML demora mais de 4 horas para recolher corpo em PG

Uma situação ocorrida na tarde de terça-feira (14), na região do Jardim Dom Bosco, no Bairro Contorno, em Ponta Grossa, revoltou moradores. No local, Fernando Lirmane, 33 anos, foi vítima de homicídio. Seu corpo estava estendido na calçada, em frente de sua casa, desde as 11h30, mas a viatura do Instituto Médico Legal (IML) demorou mais de quatro horas para realizar a remoção do corpo.

Segundo informações extra-oficiais, a demora ocorreu porque a viatura do IML estava a caminho de uma ocorrência em Telêmaco Borba, no momento em que foi informado o homicídio no Dom Bosco. O perito regressou e fez o atendimento em Ponta Grossa, mas a viatura seguiu viagem e precisou aguardar que o perito fosse a Telêmaco para, só depois, regressar para Ponta Grossa.

 

Fábio Matavelli
Corpo ficou estendido na calçada à espera do IML

 

O corpo de Lirmane só foi recolhido perto das 15h30. Diante da situação, que certamente aumentou ainda mais o sofrimento dos familiares da vítima, o Diário dos Campos entrou em contato com o chefe administrativo do IML de Ponta Grossa, Wilson de Lucena Paulino, perguntando o que tinha causado a demora. Paulino se recusou a dar entrevista sem que a Reportagem fizesse contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) primeiro.

Em contato com a assessoria de imprensa da SESP, o DC solicitou informações e entrevista com um dirigente do IML para que fosse explicado o que havia ocorrido, e se situações como essa são constantes. Mas a SESP apenas forneceu números referentes à infra-estrutura do IML de Ponta Grossa.

Segundo a SESP, a Unidade conta com três viaturas e três motoristas. Embora uma das viaturas esteja em manutenção, ainda haveria um carro reserva para a retirada de corpos. A Secretaria não explicou por que foi preciso esperar pelo carro que estava em Telêmaco Borba, e também não forneceu o contato de representante do IML para que eventuais dúvidas pudessem ser esclarecidas.

 

“A gente teve que esperar até quase 16 horas pra chegar o carro do IML. A família já estava toda diante do corpo. Não respeitam mais a dor da gente”. – Ivonete Machado Lirmane, esposa de Fernando, vítima de homicídio

 

Médicos

A SESP ainda informou que o IML de Ponta Grossa possui atualmente 15 funcionários, sendo seis médicos-legistas, três motoristas, quatro auxiliares de necropsia e dois técnicos administrativos, além de funcionários terceirizados e estagiários. O DC também perguntou quantos médicos precisariam trabalhar no Órgão para garantir atendimento adequado. Segundo a SESP, “o atendimento prestado pelo órgão supre as necessidades de Ponta Grossa e região”.

 

Concurso no Paraná

Está em andamento um concurso público da Polícia Científica do Paraná para a contratação de profissionais para os cargos de perito oficial (nível superior) e de agente auxiliar de perícia oficial (nível médio). São 54 vagas iniciais, para as funções de médico-legista, odontologista, químico-legal, toxicologista e perito criminal, esta última abrangendo várias áreas do conhecimento (todos estes peritos oficiais), além das funções de auxiliar de perícia e auxiliar de necropsia (que são agentes auxiliares de perícia oficial).

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