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IAT autua empresa em R$ 150 mil após vazamento de combustível

O Instituto Água e Terra (IAT) emitiu auto de infração no valor de R$ 150 mil pelos danos ambientais no Rio Pitangui causados pelo acidente ocorrido no dia 14 de outubro, na PRC-373, em Ponta Grossa. A situação envolveu um caminhão da empresa Pro Tork em que ocasionou derramamento de quase 50 mil litros da carga perto do curso de água. Na época, os técnicos do órgão coletaram amostras da água que foram encaminhadas para análise no laboratório do IAT em Curitiba para saber o grau de contaminação.

De acordo com o laudo, os resultados demonstraram que foi alta a contaminação dos cursos d’água, com grande toxicidade para organismos aquáticos. Conforme apontou o documento, duas amostras coletas se apresentaram bastante tóxicas, sendo que os resultados apontaram para a toxicidade aguda para bactéria luminescente Vibrio fischeri, que é uma espécie de bactéria marinha. Muitos organismos do mar profundo dependem desta bactéria para gerar luz.

A alta toxicidade aguda também apareceu para os microcrustáceos Daphnia magna. Esses organismos são utilizados em bioensaios, ou seja, testes que usam organismos vivos na avaliação de toxicidade em áreas afetadas por efluentes industriais e domésticos

“Apesar da autuação, a empresa transportadora da carga atendeu com prontidão todas as medidas de contenção dos danos, realizou a limpeza do local, a recuperação do ambiente e apresentou relatório de todas as ações”, informou nota encaminhada pelo IAT.

A empresa tem 20 dias, até 08 de dezembro, para entrar com recurso e conseguir 30% de desconto no pagamento à vista. Após isso está disponível no site o pagamento até 12 vezes, com juros. Ou por requerimento direcionado ao presidente para parcelamento de até 60 vezes. Em nota, a Pro Tork informou na manhã de quinta-feira (19) que ainda não havia recebido a notificação sobre a multa.

Relembre

A carreta que tombou no dia 14 de outubro tinha dois tanques compartimentados que estavam carregados com gasolina, álcool e óleo diesel que somavam cerca de 56 mil litros de combustíveis. Por conta do acidente, as duas pistas ficaram interditadas por cerca de 16 horas em decorrência dos riscos de explosão da carreta.

O motorista, que não ficou ferido com gravidade, relatou que estava trafegando pela via quando percebeu que um tambor de freio se soltou do veículo que estava à frente. A peça metálica foi para o meio da rodovia e o caminhão acabou atingido. A colisão causou danos no pneu, fez com que o caminhoneiro perdesse o controle da direção e tombasse.

Em outubro, a empresa informou que contratou a companhia Ambipar com o objetivo de adotar medidas emergenciais para evitar ainda mais impactos ambientais. Conforme a nota encaminhada pela empresa, inúmeras barreiras de contenção foram instaladas no local e várias equipes atuaaram em cinco pontos estratégicos do rio.

“O rio foi pouco atingido por conta das ações proativas que foram tomadas, inclusive, com a sucção dos resíduos nas barreiras evitando o derramamento de combustível no corpo hídrico”, disse a Pro Tork na época.

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