O Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU) de Ponta Grossa já afastou das atividades 12 dos seus profissionais de saúde nos últimos dias. Quatro deles tiveram testes positivos para covid-19 e outros oito estão com suspeita da doença, em função dos sintomas condizentes com os provocados pelo novo coronavírus.
De acordo com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), responsável pela gestão do hospital, esses profissionais, que agora se tornaram pacientes monitorados pela Vigilância Epidemiológica, são parte dos que foram acrescentados à lista de casos oficialmente confirmados no município nos últimos dias.
Esses profissionais de saúde cujo diagnóstico já foi confirmado tiveram seu perfil descrito no detalhamento enviado pela prefeitura de Ponta Grossa à imprensa. Na noite de quarta-feira (29), um homem de 25 anos. Na quinta-feira (30), um homem de 43 anos. Na manhã de sábado (2), uma mulher de 22 anos. No mesmo dia, à noite, uma mulher de 30 anos. Eles correspondem ao 14º, 15º, 16º e 18º casos confirmados da doença no município.
O dado revela que o contágio pelo novo coronavírus é capaz de atingir mesmo os mais cuidadosos e equipados contra a covid-19, diante da alta exposição ao vírus provocada pelo contato direto ou indireto aos pacientes no ambiente hospitalar.
Na última semana, reportagem do DC apontou que os caminhoneiros são considerados um grupo de risco, devido à sua atividade que envolve a passagem por várias regiões e o contato com várias pessoas. As estatísticas do HU lembram que, para os profissionais da saúde, esse risco é ainda maior.
Ponta Grossa
A cidade de Ponta Grossa chegou à noite de segunda-feira (4) com 19 casos confirmados da doença. O boletim da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR) acrescenta que oito desses casos são considerados recuperados, e que há outros quatro testes em análise, aguardando resultado. Não houve nenhum óbito registrado no município até o momento. Somente no HU, hospital referência para atendimento em caso de covid-19, há sete pessoas internadas na ala específica: cinco na UTI e dois em leitos clínicos.