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Grupo quer criar Centro da Dor para casos de fibromialgia em PG

Grupo quer criar Centro para casos de fibromialgia
Mulheres com fibromialgia tentam consultas e pedem sede da Anfibro para Ponta Grossa. (Foto: José Aldinan)

Pessoas que sofrem de fibromialgia estão mobilizadas para criar o chamado “Centro da Dor” em Ponta Grossa. A iniciativa é da Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfibro) e a principal proposta, já encaminhada à Câmara Municipal de Vereadores, é de que o local ofereça atendimentos especializados para pacientes de toda a região.

A síndrome da fibromialgia é um problema clínico que se manifesta no corpo todo, principalmente na musculatura, onde causa dor intensa. A doença também está associada a outros problemas graves como depressão, alterações de memória e atenção, infecções generalizadas, problemas no estômago e intestinais, além de fadiga e sono intenso.

Do total de habitantes em Ponta Grossa, estima-se que 2,5% sofrem da doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, em cada grupo de 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres. “Em Ponta Grossa, nós não temos um atendimento especializado. Precisamos ficar na fila de espera para conseguir uma consulta com reumatologistas via SUS. Como a cidade não tem esse especialista nas unidades de saúde, nós somos encaminhados para outras cidades”, disse Adriane Scremin, 49 anos, delegada voluntária da Anfibro em Ponta Grossa.

Grupo quer criar Centro para casos de fibromialgia
Mulheres com fibromialgia tentam consultas e pedem sede da Anfibro para Ponta Grossa. (Foto: José Aldinan)

Adriane trabalhou como técnica de eletrônica por cerca de 20 anos e descobriu a doença, há 18, após o nascimento da filha. Segundo ela, as dores pioraram desde então e, por isso, já perdeu dois empregos. “Hoje a minha renda é pelo Auxílio Brasil e muitas outras pessoas também precisam do atendimento especializado. As dores agravam muito no inverno e os medicamentos são caros e apenas alguns são ofertados pelo SUS”, relatou.

Centro da Dor

O Centro da Dor, segundo ela, seria como um porto seguro para os pacientes. “O último reumatologista que atendeu pelo SUS em Ponta Grossa saiu em 2015. Por isso, no Centro nós teríamos consultas com fisiatras, reumatologistas, nutricionistas e terapeutas”, destacou. O projeto também já havia sido encabeçado, há cerca de alguns anos, por Gabrielle Barbosa, Angélica Kuhn Pereira e Rose Leal, que também sofrem da doença.

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