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Grupo inicia análise da água no Lago de Olarias

Um grupo de técnicos e pesquisadores, formado por professores e estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e equipe da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), inicia nos próximos dias a análise da qualidade da água que forma o Lago de Olarias, em Ponta Grossa. Os trabalhos devem iniciar assim que estiver formalizado o apoio com o 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que deve fornecer o barco com o qual será feito o deslocamento pelas águas do Lago.

De acordo com a professora Elizabeth Scheffer, do Departamento de Química da UEPG, também integram a equipe universitária a professora Patrícia Los Weinert e acadêmicos de Mestrado e Iniciação Científica. Ao longo das últimas semanas, foi definido que a coleta de água deve ser feita em seis pontos do Lago, que incluem as áreas de entrada de água dos arroios, o centro do Lago e a saída. A pesquisa deve realizar 12 coletas, que serão feitas, em média, a cada 15 dias. Significa dizer que o resultado dos trabalhos deve ser apresentado dentro de seis meses à Prefeitura, a menos que ocorram fortes chuvas que prejudiquem a atividade.

“Inicialmente, faremos o monitoramento dos trechos, para verificar a qualidade da água e os principais fatores de impacto sobre a qualidade da água do Lago. Acreditamos que o resultado desse trabalho poderá ser usado como incentivo para que a comunidade ajude na preservação”, diz Elizabeth, que também integra o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema). Ela lembra que o Lago tem finalidade paisagística, não deverá ser usado para banho ou pesca, por exemplo. Ainda assim, manter a qualidade da água é importante e do interesse da população, inclusive porque o Lago será um “medidor” de como anda a qualidade dos demais arroios. Por esse motivo, o Município também vem realizado atividades de conscientização junto à população.

 

Orientações

A educadora ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Andréia Aparecida de Oliveira, lembra que a Prefeitura tem realizado ações constantes visando garantir a qualidade da água no Lago de Olarias. Segundo ela, desde o início do ano, 620 domicílios da região receberam orientações sobre cuidados com a destinação correta de lixo e as ligações adequadas de esgoto. As ações serão permanentes e, uma vez concluída a primeira pesquisa sobre qualidade da água, outras serão análises serão realizadas periodicamente.

 

Lixo e esgoto

“Levamos material de divulgação e explicamos a importância de não jogar lixo em arroio, oferecemos informações sobre saúde. E a Sanepar realiza ações de vigilância e notificação com prazos para regularização de esgoto, quando é o caso”, explica Andréia, lembrando que o que ocorre em uma bacia hidrográfica urbana acontece nas demais, e que o Lago será um reflexo do que ocorre nas demais regiões da cidade. “Muito do lixo que chega ao Lago vem das partes mais altas, que atinge a galeria pluvial com as chuvas, e vai para os arroios”, lembra.

 

Sanepar

A Sanepar também dará continuidade às ações de educação socioambiental com a comunidade. Desde 2015, a Companhia realiza palestras educativas com foco no saneamento ambiental e desenvolve programas como o 'Sustentabilidade, da escola ao rio' e o 'Se ligue nessa ideia – sem óleo na rede', em escolas municipais e estaduais de abrangência da Bacia de Olarias. Este trabalho será estendido às Associações de Moradores e empresas da região.

Já as vistorias técnicas nos imóveis localizados na área da Bacia de Olarias, para verificar as condições das ligações de esgoto, vem sendo realizadas pela Sanepar desde 2013. Até agora, foram vistoriadas em torno de 15 mil ligações. No momento, 250 imóveis estão sendo notificados pela Vigilância Sanitária por irregularidades na ligação de esgoto.

Objetivo é garantir qualidade das águas do lago recentemente formado (José Aldinan)

 

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