Há cerca de 16 anos, Mary Ster Ranzani idealizou as atividades de equoterapia, atendendo a várias pessoas que necessitam do serviço nos Campos Gerais. No entanto, as dificuldades para manter o serviço, realizado na estância Marruá, em Ponta Grossa, estão cada vez maiores. “No último final de semana, meu filho alertou para o fato de que os animais estão desnutridos. E nós não temos dinheiro para pagar a alimentação deles, que nem custa tanto assim”, explica Mary, que já não está morando na cidade, mas vem tentando manter as atividades.
“Que adianta fazer o bem por um lado, pelos pacientes, e por outro lado maltratar os cavalos?”, comentou José Luiz Kuhn, que está se formando em medicina veterinária, e lembrou sua mãe que não basta dar feno aos animais.
Segundo ela, a cada dia são gastos dois sacos de aveia. Cada um custa R$ 20. Com cerca de 1,2 mil eles teriam aveia suficiente, embora a isso se some a necessidade de feno, sal mineral e vacinação periódica. Mas o grupo que realiza o projeto não tem condições de pagar o valor do bolso. “Temos as mensalidades pagas pelos alunos e pais de alunos, mas que servem apenas para pagar a equipe que atende”, diz.
Uma solução seria encontrar pessoas dispostas a adotar os animais, arcando com parte dos custos. Do contrário, Mary acredita que seria necessário vender os cavalos, coisa que ela não quer, “porque são mais que cavalos terapêuticos: são Campensina, Rapadura, Vivi, Ariana, Kaká…”.
Evento beneficente
No próximo dia 15 de março haverá uma ação beneficente no asilo São Vicente de Paulo, a partir das 14 horas. Quem quiser participar do bingo pode reservar a cartela por whatsapp, pelo número 42-99911-9514. Quem tiver interesse em adotar os animais, e manter as atividades da equoterapia, também pode entrar em contato pelo mesmo número.