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Greve no transporte pode começar a qualquer momento

Os ônibus do transporte público de Ponta Grossa deixaram de circular por cerca de uma hora na manhã desta terça-feira (4). A medida foi adotada depois que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sintropas-PG) recebeu uma proposta da Viação Campos Gerais (VCG) na última segunda-feira (3).

De acordo com o presidente da entidade, Luiz Carlos de Oliveira, a empresa encaminhou a proposta ao sindicato mencionando que "não manteria a cláusula já inserida no acordo coletivo vigente que dá direito ao trabalhador a assistência médica".

Após a decisão da empresa, o sindicato iniciou um manifesto durante a manhã nos terminais de transporte e alguns ônibus foram impedidos de sair dos locais. Ainda na terça, o Sintropas protocolou dissídio coletivo perante o Tribunal Regional do Trabalho. "Levamos o caso para que a Justiça promova um acordo entre empresa e sindicato. Acredito que este encontro aconteça nos próximos dias", diz o presidente.

De acordo com nota encaminhada pelo Sintropas, a proposta da VCG é considerada inaceitável. "Consideramos um retrocesso aos direitos já conquistados", acrescenta Luiz.

Ainda segundo Oliveira, a categoria segue em estado permanente de greve e uma paralisação no transporte pode começar a qualquer momento. "Mesmo que a mobilização de terça tenha sido encerrada, uma hora depois, não quer dizer que não faremos uma greve. Não é o que nós queremos, pois sabemos que afeta a população, mas precisamos lutar pelos direitos dos trabalhadores", ressalta.

VCG

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da VCG confirmou que "a proposta foi manter as cláusulas do acordo do ano passado, mas que não há nada de concreto e conclusivo".

Reivindicações

A decisão pelo indicativo de greve ocorreu por dois motivos, segundo o presidente do sindicato. O primeiro se deu pela incerteza de que a categoria receberia o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – usado para calcular reposições inflacionárias – do período no salário e também no cartão alimentação. Outra questão apontada pelo presidente é de que existe a intenção de o município retirar o benefício da assistência em saúde aos funcionários.

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