Embora 50% da frota do transporte coletivo de Ponta Grossa tenham voltado a circular nesta quinta-feira (13), a greve geral dos funcionários da Viação Campos Gerais (VCG) tende a ser deflagrada novamente na próxima segunda-feira ( 17).
O retorno parcial foi possível por meio de acordo entre a VCG e a Prefeitura Municipal, em ação impetrada na Justiça Estadual e que se tornou público durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho. Nessa ação no TRT, o Sintropas é parte.
O acordo com chancela judicial prevê o pagamento dos salários atrasados dos dois últimos meses. Na quarta-feira (12) foi quitada a folha de março. Para o pagamento dos salários referentes a abril, o Sintropas vai aguardar até sexa-feira (14).
No entanto, para fazer o quitação, a VCG afirma que depende de aporte financeiro da Prefeitura, o que só é legalmente possível de ser feito por meio de lei municipal. O projeto de lei sobre o tema está sendo elaborado pelo Executivo para ser submetido à apreciação do Legislativo.
Às 13 horas desta quinta-feira, após uma reunião com a prefeita Elizabeth Schmidt, o presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Milla (PSD), disse que o projeto de lei ainda não havia sido protocolado e adiantou que não iria convocar sessões legislativas extraordinárias para esta semana. Não há mais sessões ordinárias até segunda-feira (17).
Valores divergentes
Segundo Milla, além de não haver a definição sobre pedido de urgência do Executivo para a tramitação do projeto de lei, há uma divergência na ordem de R$ 1 milhão em relação aos valores que a Prefeitura entende como devidos para a VCG e o que a concessionária pretende que seja pago.
Pelos cálculos dos técnicos do Município, o aporte deve ser de R$ 1,8 milhão. Seriam esses recursos referentes aos 18 dias que o transporte público foi suspenso por força de decreto municipal, excluindo os custos com óleo diesel e a margem de lucro da empresa. A VCG, conforme Milla, reivindica R$ 2,8 milhões
Por outro lado, presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, reafirmou na manhã desta quinta-feira que, caso o pagamento de abril não seja feito até sexta-feira, toda a frota será paralisada na segunda-feira.