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Greve dos caminhoneiros em Ponta Grossa ainda é incerta

Transportadora diz que irá absorver alta do diesel, mas terá redução de investimentos
(Foto: José Aldinan)

Os transportadores autônomos de Ponta Grossa têm mais dúvidas do que certezas sobre a realização da anunciada paralisação nacional dos caminhoneiros marcada para a próxima segunda-feira (1º). A região dos Campos Gerais tem cerca de 5,5 mil motoristas de caminhão autônomos, desses, 3,6 mil são de Ponta Grossa.

Na última semana, o movimento estava ganhando força na região, mas na manhã de ontem (29) a categoria ainda não sabia se iria, de fato, ocorrer uma greve nacional, conforme avaliação do presidente do Sindicato dos Transportes Autônomos de Cargas de Ponta Grossa (Sinditac/PG), Neri Leobet.

Na terça-feira (26), o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa, garantiu ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que as transportadoras não iriam aderir à mobilização nacional e, assim, não teria riscos de desabastecimento. As transportadoras respondem por pouco mais de 50% do transporte rodoviário nacional.

Por outro lado, Wallace Landim, conhecido como Chorão, uma das principais lideranças dos caminhoneiros no país, afirmou que apesar da tentativa de minimizar a greve, “a crise é pior que em 2018” e a categoria “está mais articulada” dessa vez e garantiu a paralisação nacional.

Caminhoneiro autônomo há 10 anos, o motorista Januário Skvira, 46 anos, disse que se houver greve em Ponta Grossa ele está pronto para aderir. “Nós autônomos é que sofremos enquanto que as grandes empresas têm o apoio do governo. Se acontecer a paralisação, eu vou junto pois estamos vivendo de soro e não sabemos até quando. No final do mês sobra apenas 10% do faturamento para colocar comida na mesa”, disse.

O alto preço do diesel é uma das principais queixas dos caminhoneiros, que, segundo lideranças do movimento, estão em ‘estado de greve’ há duas semanas. Entidades que representam a classe alegam que o aumento do combustível ocasionou a perda de renda causada pelas frequentes altas.

Rodovias

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que realiza o monitoramento de todas as rodovias federais através das suas centrais de Comando e Controle, estaduais e nacional, com câmeras, rádios e telefones disponíveis. “Essas ferramentas permitem acompanhar, em tempo real, as ocorrências relevantes, em casos de greve, com segurança, precisão e velocidade para que a tomada de decisão seja a mais eficiente e acertada possível”, destacou.

PR congela valor de referência do ICMS sobre combustíveis

O Governo do Paraná participou ontem da 339ª reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que aprovou, por unanimidade, o congelamento do valor de referência do ICMS cobrado nas vendas de combustíveis por 90 dias. O objetivo da medida é viabilizar, durante 1º de novembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022, a manutenção do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que até então era calculado mensalmente.

De acordo com o Confaz, a medida possibilita que a Petrobras aprofunde a discussão referente a novos modelos da política de preços, de maneira a frear os constantes aumentos. Também foi criado um grupo de trabalho (GT), no âmbito do Senado Federal, para essa discussão. Ele é composto por senadores, governadores, secretários estaduais da Fazenda e representantes da direção da Petrobras.No Paraná, a alíquota do ICMS sobre a gasolina não é alterada desde abril de 2015. O Paraná tem um dos menores preços médios de referência dos combustíveis do país. As alíquotas de ICMS praticadas no Estado estão dentro da média nacional, no caso da gasolina, e abaixo da média, nos casos do diesel e do etanol. A alíquota de 12% sobre o óleo diesel é considerada a menor do país.

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