A Guarda Municipal de Ponta Grossa finalizou o levantamento acerca dos atendimentos registrados ao longo do ano de 2018. Os dados apontam para o aumento em alguns dos tipos de crimes e infrações, enquanto que outros tiveram redução no comparativo com o ano de 2017. O salto mais considerável foi verificado nos casos de violência doméstica, que tiveram aumento de mais de 100%, indo dos 157 atendimentos para os 319 em 2018.
O comando da GM informou que os dados podem ter relação com a criação da Patrulha Maria da Penha. Em outubro do ano passado, a equipe especialmente designada para o atendimento de casos de violência doméstica completou um ano de atividades no município. Pode não significar um aumento nos casos de agressão ou ameaça à mulher, mas certamente tem a ver com a melhor cobertura desses casos.
Surpreende ainda o fato de que as ocorrências de perturbação de sossego continuaram no topo das situações verificadas. Houve redução em relação ao ano anterior, mas ainda foram 325 registros desse tipo. Muitas vezes, são situações que se resolveriam com uma conversa entre vizinhos, mas decorrem de desentendimentos anteriores e acabam exigindo a presença dos agentes da GM. Os casos de maus tratos a animais também tiveram aumento significativo, de 43,5% no período.
O secretário interino da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública, Carlos Henrique Salomon Pinto, acredita que esse aumento nas ocorrências não significa um crescimento no número de crimes. Ele atribui as estatísticas ao uso da tecnologia e às denúncias. “Veja que a Patrulha Maria da Penha funciona muito bem, mas a violência doméstica inclui brigas entre irmãos, ou pai e filho. O que verificamos é que muitos desses casos são detectados a partir das câmeras de videomonitoramento e através das denúncias via 153”, diz. Para ele, a população aprendeu a usar melhor esse canal.
Variações
Enquanto as abordagens de suspeitos foram 119 a mais que em 2017, também como forma de prevenir a ocorrência de mais crimes, houve situações que tiveram redução em 2018 no comparativo com o ano anterior. Os casos uso/comércio de entorpecentes e roubos apresentaram queda nos registros. Os danos ao patrimônio e ameaças quase mantiveram o mesmo número, enquanto que as invasões e os arrombamentos aumentaram.