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Furtos de cobre sugerem ação de quadrilha organizada em Ponta Grossa

Fábio Matavelli

Recentemente, em uma única ação, cinco toneladas de fios de cobre foram roubados de empresa do ramo de construção civil em Ponta Grossa. Quatro homens armados renderam o vigilante para levar o material. Nesta semana, um empresário do setor precisou ir à loja para comprar R$ 30 mil em materiais para repor a fiação furtada de barracão, que ficou no escuro. Casos como esse motivaram investigação, que está em andamento pela Polícia Civil.

Os relatos desses crimes chegam rotineiramente aos ouvidos de Muin Bazzi. O empresário atua no ramo de construção civil e também de venda de materiais. Ele diz que a situação é preocupante, e parece indicar ações de quadrilha criminosa. Não só seus clientes foram vítimas, como ele também acabou sendo prejudicado.

“É uma questão que está infernizando nosso dia a dia. Roubos de cabos elétricos com ramal ligado! Eu tenho barracões em construção que foram alvo dos furtos. Chegaram a levar até o medidor de energia. Vejo que alguma coisa grande está acontecendo”, diz Bazzi. Segundo ele, não se trata de crimes de ocasião cometidos por uma pessoa só. São grupos munidos de informação. Que sabem quando e onde foi entregue o cobre e articulam a oportunidade para agir.

Questionado sobre o assunto, o delegado da 13ª Subdivisão Policial, Maurício Souza da Luz, confirmou que a suspeita de Bazzi tem fundamento. “Existem investigações a esse respeito, sim. Inclusive, em algumas já se cumpriu, recentemente, mandados de busca e apreensão. Os demais detalhes seguem em sigilo”, informou o delegado, indicando que a investigação segue para identificar a linha de ação dos criminosos.

Rastreamento

Em junho deste ano, notando a frequência do problema do furto de cobre (de fiação ou de placas em monumentos da cidade), a prefeitura publicou a Lei 13.699, de autoria do verador Walter José de Souza (Valtão). O texto exige que os estabelecimentos comerciais que fazem a compra de materiais recicláveis metálicos mantenham atualizado cadastro de pessoas físicas e jurídicas que efetuam as vendas. O objetivo é rastrear o caminho do cobre ilegal.

A reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais questionou o município sobre o funcionamento prático da lei, o número de pessoas cadastradas e de estabelecimentos regulares. Até o fechamento desta edição, não houve resposta.

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