Com o aumento no número de pessoas que estão usando máscaras, inclusive por recomendação do Ministério da Saúde e por força de decretos, também aumentou a produção de lixo gerado pelas máscaras descartáveis. Diante do risco de contágio pela covid-19, existe uma preocupação sobre o uso e descarte correto desses equipamentos que, se manuseados ou tiverem o destino errado, podem ter efeito inverso e ocasionar mais contaminação.
Em alguns espaços surgiram até mesmo lixeiras específicas para o descarte de luvas e máscaras, como ocorre em uma rede de supermercados que tem unidades em Ponta Grossa. Os clientes que desejarem, pode trazer as máscaras usadas e se desfazer de forma correta.
Porém, em alguns casos a máscara acaba sendo largada em qualquer lugar, exposto em lixeira descoberta ou mesmo no chão. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Ponta Grossa informa que a indicação é para que a retirada da máscara seja feita através dos elásticos, evitando tocar a superfície. Após esse processo, a orientação é para que o equipamento seja dobrado ao meio e embalado em um saco plástico antes de ser descartado no lixo do banheiro e nunca junto ao lixo reciclável. Higienizar as mãos é importante antes de colocar e depois de descartas as máscaras
Controvérsia
A Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde (Opas/OMS) atualizou, no último mês, as orientações a respeito do uso e descarte das máscaras cirúrgicas. Foi destacado que as pessoas devem deixá-la mais justa possível ao rosto, evitar tocar enquanto estiver usando, remover tocando apenas o elástico e substituir sempre que estiver úmida. No entanto, não há descrição precisa sobre onde e como deve ser feito o descarte das máscaras. A Opas também diz que não há evidências científican sobre a eficácia do uso das máscaras de pano na prevenção contra o contágio. “Porém, em algumas semanas, com muitos países fazendo esse tipo de recomendação, poderemos ter estudos para mostrar qual o efeito dessas medida”, comentou o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa.