em

Fim da Rodonorte pode deixar NBPG fora do Brasileiro

Conquista do Campeonato Brasileiro em 2019 é um dos destaques da história do NBPG (Fotos: Rodrigo Czekalski/CCR RodoNorte)

O encerramento do contrato de concessões de rodovias no Paraná não interfere somente na rotina de motoristas. O esporte de Ponta Grossa deve sofrer impacto negativo a curto prazo. Isso porque a CCR Rodonorte, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, era há oito anos a principal patrocinadora do projeto Novo Basquete Ponta Grossa (NBPG). Sem empresas interessadas em financiar o projeto, o NBPG pode ficar de fora do Campeonato Brasileiro de Basquete, competição da qual estão aptos a participar conforme normas da CBB.

No aporte mais recente, a Rodonorte investiu por meio da Lei de Incentivo cerca de R$ 400 mil no basquete do município. O valor representa mais da metade dos gastos estimados para participação no ‘Brasileirão’. Só a inscrição na competição nacional custa R$ 20 mil e precisa ser feita até o dia 10 de dezembro.

“Os R$ 20 mil só me dão a inscrição no Brasileiro de Basquete, mas depois teríamos todo o restante. Uma equipe desse tamanho gasta quase R$ 6 mil a cada jogo só de arbitragem. Tem que viajar, comer e hospedar o elenco em viagens. Precisa de uma casa para os jogadores morarem. Um semestre de Brasileiro fica R$ 600 mil para manutenção da equipe. Além disso tem cuidados com ginásio, estrutura, iluminação, piso e vestiário”, pontua o diretor e idealista do projeto NBPG, Paulo Affonso Moreira.

“Neste momento não estamos participando do Brasileiro”, acrescenta o dirigente. Diante da incerteza, o elenco profissional masculino está provisoriamente dissolvido. Cada atleta voltou à cidade natal e está liberado para defender outros clubes caso tenham interesse.

Não é o fim

O NBPG fora do Brasileiro de Basquete e o fim da parceria com a Rodonorte não significam que o projeto acabou. Paulo Moreira assegura que o projeto de estímulo à prática esportiva e estudo terá continuidade em 2022. No entanto será um ano de iniciativas menores no alto rendimento.

“O projeto vai ter um período de inanição, pois não temos outro aportador no momento. Não tivemos aceitação de nenhuma empresa apesar de termos os projetos funcionando”, explica o dirigente.

“A gente vai seguir em um contexto para não darmos um passo errado e não colocarmos o nome de outros patrocinadores e da Liga em situação difícil. Vamos continuar com as categorias de base, que têm seus patrocinadores e pais que auxiliam os garotos. Para o time adulto, vai chegar o ano que vem, vamos sentar com a direção e ver o que temos. Por exemplo: ‘Temos auxílio de ‘x’ empresas. Do que podemos participar?’ Vamos lançar as participações conforme as captações que fizermos, mas esperamos conseguir um patrocinador para ajudar a dar sequência”, complementa Moreira.

Fidelidade

Apesar do encerramento da parceria de quase uma década com a Rodonorte, a direção do NBPG não pretende no primeiro momento mudar algumas características que ficaram marcadas nas últimas temporadas.

“Não vamos descaracterizar o ginásio. A princípio vamos manter por uma questão de fidelidade, pelos anos em que fomos parceiros. Essa fidelidade não nasceu por acaso e não durou pouco. Então não temos porque arrancar placas, por exemplo”, cita Paulo Affonso Moreira.

Nos bastidores existe certa esperança de uma volta da CCR à região e futura renovação de parceria com o basquete. “A concessionária ainda pode concorrer a lotes de rodovias do estado e a nossa esperança é de um dia voltarmos à parceria. Se não for possível, vamos entender também”, diz o diretor do NBPG.

Operário também é afetado por fim de contrato

A CCR Rodonorte também patrocinava o Operário Ferroviário por meio do projeto Jovens Talentos Pontagrossenses, que fomenta as categorias de base do Fantasma com estímulo esportivo e social. A parceria está encerrada com o fim do contrato de concessão de rodovias.

Diferente do NBPG, o alvinegro não terá impacto tão significativo a princípio. No início desta semana, a direção do clube apresentou a fase II do projeto. O nome da Rodonorte deixa de fazer parte das empresas apoiadoras e que aportam parte do imposto em Vila Oficinas.

No entanto, o Fantasma tem outros empresários que auxiliam o clube da mesma maneira. Para a fase II do Jovens Talentos Pontagrossenses, o Operário está autorizado a captar R$ 2,3 milhões.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.