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Fazenda Capão Alto de Castro promove turismo histórico

Imagem: Divulgação

Com o turismo em alta, o Paraná tem se mostrado rico em locais a serem visitados. Entre os municípios que buscam valorizar os casarões históricos está Castro. A área central da cidade já possui vários imóveis tombados, mas é na região rural que se encontra um dos mais significativos: a Fazenda Capão Alto.

Fazenda Capão Alto de Castro

A Fazenda Capão Alto está presente nos Campos Gerais desde o século XVIII, e visitá-la é uma verdadeira viagem no tempo. Segundo os atuais administradores do local, a fazenda já esteve nas mãos da aristocracia paulista, carmelitas, escravos, proprietários rurais paranaenses e imigrantes holandeses. Foi local de parada dos tropeiros, que vinham desde o Rio Grande do Sul pelo caminho do Viamão, e é rota para pesquisadores que fizeram importantes descobertas arqueológicas.

Como chegar?

Distante cerca de 9 quilômetros do centro de Castro, e a cerca de 50 quilômetros de Ponta Grossa, a Fazenda Capão Alto é facilmente localizada por meio de aplicativos como Waze e Google Maps. Eles já dão a tônica do local, descrito como “A Fazenda dos Escravos”. O trajeto é pela PR-340, após cruzar o Centro de Castro. Há placas indicativas. A maior parte da viagem é em asfalto.

O que há no local?

Ao chegar, o visitante é recebido por um dos caseiros, que recolhe uma pequena taxa de visitação, e que dá direito a percorrer uma vasta área para além do casarão tradicional. A visita é autoguiada, e pode ser iniciada pela casa.

O casarão

O casarão da Fazenda Capão Alto em Castro está repleto de informações – distribuídas em cartazes – que vão desde o descobrimento do Brasil até os dias atuais. É uma aula de história completa, dividida entre os detalhes descritos e a arquitetura da casa, considerada patrimônio.

Ao percorrer os assoalhos de madeira, é possível admirar os desenhos nas paredes e imaginar o modo de vida de três séculos atrás naquela mesma região. Entre móveis antigos, uma mesa reúne, sob placa de vidro, achados em cerâmica que revelam um pouco da história do local.

Os escravos

A área externa conta com a antiga moradia dos escravos. O local é chance única de reflexão e diálogo sobre o tema da escravidão. Após a abolição da escravatura, a área foi transformada em queijaria que, depois de desativada, teve as paredes mantidas. A separação entre os donos de terras e escravos fica evidente, ao observar a diferença estrutural das duas moradias, separadas por poucos metros de distância. Sob uma cobertura, estão mantidas centenas de antigas telhas de barro, notadamente feitas pelos escravos, que tinham as próprias coxas como moldes para a fabricação.

Araucárias e trilha

Um pinheiral com mais de três séculos de existência, e que ainda produz pinhões, integra a propriedade rural. Aliás, um dos principais atrativos é uma caminhada de cerca de um quilômetro, na trilha que leva até o Rio Iapó. O trajeto é o mesmo que era percorrido pelos tropeiros. Com sorte, uma simpática cachorrinha acompanha os turistas no percurso, que inclui um pinheiro gigante deitado ao chão. Suas dimensões surpreendem. Tinha aproximadamente 400 anos e 40 metros de altura quando caiu, possivelmente atingido por tempestade. A caminhada é moderada, com baixa inclinação e relevo pouco acidentado, podendo ser feita por crianças e idosos, na maior parte do tempo sob a sombra das árvores.

Natureza

Ao caminhar pelo bosque, o visitante pode encontrar animais típicos da região como lagartos, sabiás, pica-paus, curucaca, gavião, corujas, esquilos, lebres e insetos.

Capela

Os restos de uma antiga capela, instituída em 1751, estão preservadas em área da fazenda. Por 100 anos, a fazenda foi um quilombo administrado por escravos. Ali eles rezavam para Nossa Senhora do Carmo – a “Sinhara”. O local também abrigou um cemitério.

Parquinho

Para as crianças não ficarem só na aula de História e Ecologia, há um parquinho infantil bem conservado, próximo ao casarão. São balanças, gira-gira e gangorras. Ali os pais podem se sentar em bancos de madeira enquanto os pequenos se divertem após o passeio.

Apoio

De acordo com o site de Patrimônios Culturais do Paraná, a propriedade é particular, da Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda., em comodato para o Grupo Folclórico de Castrolanda. A preservação e visitação da Fazenda Capão Alto contou com apoio cultural da Paranatrator e da Prefeitura de Castro. O patrocínio é do BRDE, Sanepar, Conta Cultura e Vapza.

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