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Familiares reconhecem que corpo encontrado é de Vilson Delay

Vilson Roberto Delay. Foto: Arquivo Pessoal

O Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa trabalhou por cinco horas consecutivas nesta quarta-feira (3) para concluir o resgate de um cadáver encontrado nas águas do Rio Tibagi, nas proximidades do Kalinoski. Familiares que acompanharam a atuação dos socorristas identificaram o corpo como sendo do construtor Vilson Roberto Delay, de 42 anos. Ele estava desaparecido desde o início da noite de domingo (31). O cadáver estava com as mãos amarradas para trás, indícios de mais um homicídio na cidade.

Foram os próprios familiares de Vilson que visualizaram o corpo na água durante buscas por conta própria. De acordo com a Polícia Militar, eles acionaram o ‘190’ por volta das 11h da manhã e relataram a situação. No entanto, os policiais que estiveram na localidade rural não conseguiram visualizar o cadáver que, aparentemente, estava sendo carregado pela correnteza.

Diante da dificuldade de resgate, os bombeiros do 2° Grupamento receberam um chamado às 11h18. Um barco do resgate aquático entrou no Rio Tibagi por volta de 12h30, quando oficialmente as buscas se intensificaram.

O trabalho durou a tarde toda e terminou com o corpo sendo resgatado e recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. Antes de ser levado pela Criminalística, o cadáver foi reconhecido por familiares como sendo de Vilson por conta das roupas que usava. Mesmas vestes que o construtor usava no final da tarde de domingo, quando deixou sua casa no Residencial Costa Rica.

Marcas

Após o resgate não foi possível confirmar se o cadáver apresentava marcas de tiros. É provável que a água tenha ocultado possíveis marcas de sangue.

No entanto, toda a cena leva a crer em execução, pois, menos de 24 horas depois do último contato de Vilson com a família, o carro do construtor foi achado parcialmente submerso no mesmo rio do achado de cadáver.

Naquele dia havia também uma grande marca de sangue na grama perto do rio e os peritos localizaram duas capsulas de calibre .380 deflagradas na mesma região. Essas ‘peças’ se juntam ao fato do corpo estar com as mãos amarradas para trás.

Desaparecimento

O sumiço de Vilson Roberto Delay foi noticiado pela esposa nas redes sociais pouco depois que o carro do homem foi encontrado pela Polícia Militar. O veículo estava parcialmente submerso nas águas do Rio Tibagi, ainda em Ponta Grossa.

Segundo a PM, o Renault Logan que é de propriedade do trabalhador foi encontrado por moradores da zona rural no final da manhã de segunda-feira (1°), pouco antes do meio-dia. O automóvel estava dentro do rio, perto da ponte da Estrada José Kalinoski. São cerca de oito quilômetros de estrada de terra do final do bairro Contorno até o local onde estava abandonado o veículo. Na região há algumas chácaras e pequenas comunidades rurais de Ponta Grossa.

O Renault Logan do construtor, conforme a PM, não apresentava qualquer tipo de alerta de furto ou roubo. Após ser colocado em terra com a ajuda de um trator, o automóvel passou por perícia. As autoridades encontraram os documentos do veículo. O carro foi encaminhado ao pátio da 13ª Subdivisão Policial.

Às 12h48 de segunda-feira, a esposa de Vilson, Bianca Ferreira, fez uma publicação nas redes sociais em busca do marido. “Venho aqui pedir a todos que se virem Vilson Roberto Delay me chamem. [Ele] sumiu ontem [domingo] e não voltou. Acharam o carro dele no Rio Tibagi, mas não o encontram. Tinha sinais de sangue. Tô desesperada”, escreveu naquela oportunidade.

A família, que está junta há dois anos, mora no Residencial Costa Rica, no bairro Neves, a mais de 20 quilômetros de onde o carro foi achado. Vilson teria saído de casa no final da tarde de domingo (31) para dar carona a um familiar. Eles estavam em almoço de família no Costa Rica.

Itapoá

Vilson, que era morador de União da Vitória antes de vir a Ponta Grossa, deu carona à comadre de Bianca e aos filhos dela até o Jardim Itapoá, no bairro Contorno. O residencial fica bem mais próximo geograficamente do local onde carro e corpo foram achados. Ele deixou todos em casa e seguiu caminho.

À noite, por volta das 22h, Vilson chegou a se comunicar com a esposa via aplicativo de mensagens. Ela dizia que esperaria o marido chegar em casa. De acordo com o aparelho dela, Vilson (ou quem estivesse com o celular dele) teve a última visualização de mensagem às 22h41 de domingo.

Depois das 23h, Bianca chegou a mandar novas mensagens. Elas foram recebidas pelo aparelho do marido, mas não foram visualizadas. Na manhã do dia seguinte, pouco antes do carro ser encontrado, outras mensagens de Bianca sequer deram entrada no aparelho celular de Vilson Delay.

Agora a Polícia Civil está com investigações abertas. As últimas pessoas que estiveram com o construtor devem ser ouvidas, além daqueles que eram mais próximos da vítima. Os investigadores também devem procurar por registros de câmeras de segurança que mostrem o caminho que Vilson tomou depois de deixar os familiares no Jardim Itapoá. São fatos que podem ajudar na elucidação da morte.

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