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Falta de investimento deixa futsal feminino à deriva

Foto: Divulgação

Após pouco mais de um mês, o Ponta Grossa Futsal Feminino se despediu do Campeonato Paranaense 2020. A pior campanha do Grupo B da competição liga um sinal de alerta para o investimento na modalidade dentro do município. Semifinalista do Estadual em 2017 e campeã dos Jogos Abertos na mesma temporada, a cidade não tem como guardar perspectivas de continuidade do projeto para 2021.

O resultado das eleições municipais em novembro será fundamental para que as meninas saibam como vão trabalhar dentro de quadra no próximo ano.

“Como o time depende de recursos da Prefeitura para manutenção, como o transporte e a quadra, por exemplo, vamos depender da próxima gestão que entrará no poder dia 1° de janeiro. Eu, como funcionária concursada, no que depender de mim, o time continuará a disputar o Paranaense”, ressalta a técnica Juciandre Capri.

Porém, por conta da mudança de gestão no município, o planejamento deve começar efetivamente em fevereiro, o que atrasa definições concretas sobre o modelo de continuidade. Enquanto isso, a equipe ainda apresenta carências.

“Precisamos manter os patrocinadores e buscar mais alguns para que possamos dar condições às meninas, principalmente com ajuda para locomoção aos treinos e uniforme de treino”, cita Juciandre, que considera as atletas disponíveis qualificadas. “Material humano em Ponta Grossa temos bastante”.

Tanto é assim que Ponta Grossa conseguiu ‘exportar’ protagonistas de 2017 para equipes de renome. Duda Prestes foi atuar no futsal italiano, enquanto Gi Portes conquistou a Libertadores por Cianorte e atualmente veste a camisa de Pato Branco.

De três anos para cá, os investimentos de patrocinadores caíram e o projeto da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, que era esperança para 2020, não vingou. “O projeto da Lei de Incentivo nos daria total estrutura. Eu fiz o projeto, aprovamos e por falta de um documento da Prefeitura perdemos o direito de captação e o projeto”, conta a treinadora.

O documento faltante é o CAUC, que é um serviço que disponibiliza informações acerca da situação de cumprimento de requisitos fiscais necessários à celebração de instrumentos para transferência de recursos do governo federal.

Assim, o Ponta Grossa Futsal Feminino só poderá tentar novamente a captação dos recursos no próximo ano e com um novo projeto em mãos.

Sinal de alerta

No Paranaense 2020, o Ponta Grossa Futsal acumulou quatro derrotas em quatro partidas. Lanterna do Grupo B, a equipe foi a única eliminada da chave. O ataque marcou seis gols e a defesa sofreu 28. Em dois jogos – contra Londrina e Pato Branco – as meninas sofreram nove gols.

Juciandre usa como exemplo a derrota que Taboão da Serra sofreu para o São Paulo no Campeonato Paulista Feminino de campo: 29 a 0. O placar elástico não deve servir como chacota, mas sim como alerta da necessidade de estruturação. Em São Paulo, as meninas do Taboão desabafaram sobre a falta até de uniforme de treino.

Já em Ponta Grossa, a realidade está melhor, mas os placares negativos da campanha recente mostram que a equipe precisa de auxílio.

“A gente tem um pouco mais de estrutura aqui, mas o depoimento da capitã de Taboão é super verídico. Nós vamos continuar lutando aqui para dar visibilidade às meninas que estão vindo”, encerra Juciandre.

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