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Exame forma mestre e faixas pretas de taekwondo em Ponta Grossa

Cinco ponta-grossenses passaram por exame de faixas. Foto: José Aldinan

Cinco ponta-grossenses passaram nesta sexta-feira (17) por um importante passo das artes marciais. O quinteto praticante do taekwondo em Ponta Grossa foi avaliado para chegada na faixa preta e formação em 5° Dan de Mestre. O evento realizado em uma academia de Ponta Grossa não é rotineiro, especialmente pela quantidade de lutadores em desenvolvimento na modalidade.

O policial Fabrício Correia Gonçalves (32 anos) e o pequeno Rayllan de Camargo Correia, de apenas 10, são pai e filho. Ambos se incentivam no esporte e agora deram um passo a mais na formação. Antes tinham faixa ponta preta e a partir deste exame vão ostentar a faixa preta (1° Dan) do taekwondo simultaneamente. Eles treinam juntos na academia há quatro anos.

Além deles, participaram do processo Fábio Henrique Chebiliski, de 46 anos, e Ítalo Samways Gaertner Moro, de 15. Ambos no 1° Dan. A diferença de idade dos praticantes comprova que é possível dar os primeiros passos no esporte em diferentes fases da vida.

Aprendizado da arte marcial não tem idade e gênero. Foto: José Aldinan

“As artes marciais são boas em qualquer faixa etária. Óbvio que começando quando criança é melhor ainda, pois você constrói o corpo naquele esporte específico. Mas o Fábio, com 46 anos, não é o mais velho da academia. Eu tenho uma menina de 53 anos que faz taekwondo aqui em Ponta Grossa. Ela começou a treinar neste ano e está indo muito bem. Ela já foi para faixa verde e em fevereiro vai para a azul claro. Não tem esse negócio de idade. É mais força de vontade mesmo”, frisa o Mestre Maurício Guerra.

E se engana quem pensa que o ‘Mestre’ não passa por avaliação. Guerra foi o quinto ponta-grossense avaliado nesta sexta-feira. Praticante da arte marcial há 36 anos – 16 deles como professor, ele alcança o 5° Dan. Mais de uma década de ascensões. O 1° Dan (faixa preta) veio em 2008.

Como é o exame?

A avaliação é semelhante a uma prova escolar. Não é escrita, mas o que o aluno aprendeu na aula precisa executar na hora do exame. “Uma pequena diferença é que no exame de artes marciais cai tudo o que foi aprendido”, frisa o Mestre Guerra.

Os avaliados apresentam chutes, quedas no tatame, técnicas de quebramento, técnicas de defesa pessoal, além de fórmulas de ataque e defesa. Há semelhança com o kata, do caratê, no qual os lutadores fazem demonstrações de técnicas sem a necessidade de enfrentamento com um oponente.

Uma das técnicas apresentadas é a de quebramento. Foto: José Aldinan

Um detalhe importante: os lutadores devem usar os comandos e nomenclaturas em coreano. “Complica um pouco e às vezes assusta o aluno, mas nada que o treinamento sério não torne fácil”, diz Guerra.

A banca examinadora é formada por dois mestres. Os quatro novos faixas pretas são avaliados pelo próprio Maurício Guerra e por Jeferson Machado (6° Dan). Já Maurício Guerra passou por avaliação de Jeferson Machado e Romildo Lopes (8° Dan – maior mestre do Paraná federado).

Jeferson Machado, Romildo Lopes e Maurício Guerra. Foto: José Aldinan

“Esse evento do taekwondo é importante pela raridade em Ponta Grossa e Região. Nós só temos dois mestres aqui, enquanto Londrina, Maringá e Cascavel têm dúzias de mestres”, esclarece.

Um pouco da linguagem do taekwondo

Kiopa Sul = técnicas de “quebramento”, na qual o praticante quebra algo (madeiras, telhas, tijolos, barras de gelo, etc..) com alguma parte possível do corpo (punho, mão, cotovelo, joelho, pé, canela, etc…).

Hoshisul = técnicas de defesa pessoal, na qual o praticante se defende de um ou mais oponentes em situação real de conflito.

Poonsae = movimentos de ataque e defesa pré-estabelecidos em formas de diagramas fixos para cada poonsae. Para um Mestre de 5° Dan é preciso saber pelo menos 16 poonsae.

Balksul = técnicas de chutes do Taekwondo e do Hapkido.

Sonksul = técnicas de “mão ou braço” – Makis (defesas), Tiriguis (socos) e Tiguis (golpes com a mão).

Napop = formas corretas de ‘cair’. São as maneiras de cair ou ser derrubado de forma a não se machucar ou pelos menos se machucar o mínimo possível dependendo do solo onde se cai.

Kiorigui = luta. É o combate propriamente dito. O praticante demonstra que sabe se defender ao estilo das artes marciais coreanas.

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