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Ex-prefeito é transferido para a cadeia e defesa busca reverter prisão

O ex-prefeito de Ipiranga, Roger Selski (PR), preso preventivamente pela Polícia Civil na última quinta-feira (30), foi transferido para a cadeia pública Hildebrando de Souza, na tarde de segunda-feira (3). Selski seguia detido, desde a semana passada, na 13ª Subdivisão Policial (SDP). A defesa já entrou com um pedido de liberdade.

O ex-prefeito é acusado dos crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro. A detenção foi feita pela Polícia Civil em Ponta Grossa, no prédio em que Selski mora, na região central da cidade. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Guilherme Luiz Dias, a prisão ocorreu depois da confirmação dos investigadores de que o ex-prefeito mantinha um grupo que extorquia, ameaçava e cobrava dinheiro de famílias.

 

Peterson Strack
Fernando Madureira: “Roger diz que foi vítima de uma armação”

 

Ainda segundo delegado, os membros do grupo coordenado por Selski também se apresentavam como policiais, mas não tinham nenhuma ligação com a corporação.  “Chegamos à informação de que o ex-prefeito estava envolvido depois da prisão do falso policial civil na última semana. Descobrimos que o mandante de todos os crimes era o Roger. Ele contratava outras pessoas para cobrar das vítimas o pagamento de cheques falsos. Diversas famílias foram ameaçadas”, relatou Guilherme.

As investigações começaram a partir da denúncia de uma das vítimas. “Tivemos acesso a documentos, conversas telefônicas e denúncias das vítimas”, informou o delegado. O ex-prefeito de Ipiranga também é suspeito de encomendar a morte do promotor de justiça do município. De acordo com o delegado, Selski teria oferecido cerca de R$ 20 mil para uma pessoa realizar o crime.

Estelionato

Segundo a Polícia Civil, Roger seria o mandante dos crimes cometidos por um homem de 36 anos que se passava por policial para obter vantagens na cidade de Ipiranga, preso no mês passado. De acordo com a polícia, a investigação confirmou que o estelionatário fazia uso de nomes falsos e se apresentava como policial civil da Corregedoria de Curitiba.

Habeas corpus

Na última sexta-feira (31), a defesa de Roger Selski entrou com um pedido de habeas corpus em favor do ex-prefeito. De acordo com o advogado que representa Selski, Fernando Madureira, o pedido deverá ser analisado até esta sexta-feira (7).

Segundo Madureira, as autoridades policiais não apresentaram provas suficientes de que o ex-prefeito teria encomendado a morte do promotor de Ipiranga. “A polícia está baseada apenas na palavra de um homem suspeito que, inclusive, já possui passagens pela polícia”, disse o advogado. A defesa disse ainda que Selski nega todas as acusações. “Ele diz que foi vítima de uma armação”, concluiu Madureira.

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