O Instituto Água e Terra (IAT) participou diretamente da consolidação de R$ 48,1 bilhões em investimentos públicos e privados no Paraná em 2023. O montante faz referência à emissão, pelo órgão, de 23.238 licenciamentos ambientais ao longo do ano. Esses são os recursos indicados nos pedidos realizados junto ao órgão por entidades privadas ou públicas, como as obras de prefeituras municipais.
A cidade de Ponta Grossa é destaque no levantamento divulgado pelo IAT com indústrias e cooperativas que solicitaram novas licenças de ampliação para realizarem investimentos no município.
Entre os destaques estão as cooperativas Frísia e Castrolanda, além das empresas DAF, Agrocete, Continental, Ambev, Cargill, Master Cargas, Cristalpet, Vale do Tibagi e LP Brasil.
Confira o levantamento do jornal Diário dos Campos e portal DCmais sobre os destaques do que cada empresa investiu/ampliou em Ponta Grossa:
- Frísia: construção e da operação de uma nova sede para instalar um barracão climatizado (câmara fria) de 4,1 mil metros quadrados próximo à atual planta empresarial. O investimento é de aproximadamente R$ 20 milhões;
- Castrolanda: com um investimento de R$ 15 milhões exclusivamente para o Entreposto Ponta Grossa, a cooperativa terá três novos silos de armazenagem com capacidade de cinco mil toneladas cada um. A capacidade estática da unidade passará das atuais 40 mil toneladas para 55 mil toneladas;
- DAF: a empresa terá expansão de 26 mil metros quadrados de área construída. As obras servirão para dobrar a capacidade de produção diária de caminhões da planta, passando de 50 veículos para 100 veículos. A empresa não revelou o valor de investimento para esta etapa;
- Agrocete: a empresa especializada na produção de fertilizantes especiais, adjuvantes e inoculantes, irá investir R$ 25 milhões na construção de uma nova unidade em Ponta Grossa;
- Continental: investimento de cerca de R$ 175 milhões para ampliação de sua unidade e será a primeira a trazer para o Brasil a tecnologia de correias transportadoras de alta resistência – passará a produzir correias transportadoras de cabos de aço com resistência superior a 6.000 N/mm e até 10.000 N/mm (Newton/milímetros);
- Ambev: a cervejaria recebeu uma licença de ampliação para aumentar a produção de matéria-prima, além de cerveja e chope. Com essa autorização, a Ambev pode produzir até 55,8 milhões de litros de cerveja por mês;
- Cargill: a empresa multinacional do ramo de produção e processamento de alimentos anunciou a ampliação de produção de óleo degomado (óleo de soja puro, que resulta em derivados como maionese, óleo de cozinha, margarina e gordura vegetal) e farelo de soja. O valor investimento não foi revelado pela marca;
- Master Cargas: ampliação da unidade no Distrito Industrial com investimentos de R$ 370 milhões. Outro projeto de ampliação aguarda o trâmite de um PL na câmara para ampliação dos armazéns da empresa com investimento de R$ 160 milhões;
- Cristalpet: instalação da empresa mexicana que atua na fabricação de embalagens pet e reciclagem, com investimento de R$ 388 milhões.
- Vale do Tibagi: instalação da empresa no local dos antigos barracões do IBC. A marca atua com a área de logística, transportes, serviços florestais e comércio de madeira e irá investir R$ 6 milhões.
- LP Brasil: instalação da LP Brasil Ltda no Distrito Industrial para produzir bicicletas da marca Volta, bicicletas elétricas, patinetes elétricos e motos elétricas para atender não só o mercado brasileiro e também exterior. A LP Brasil irá investir R$ 10,5 milhões para produzir os produtos.
Números do Paraná
No extrato consolidado de 2023 constam em Licenças Prévias (LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO), dependendo das solicitações realizadas pelos empreendedores. Os setores predominantes foram os de Comércio e Serviços (6.852 licenças), Agropecuária (5.526) e Indústria (3.322). Juntos, eles responderam por 67,5% das liberações lançadas pelo IAT.
O licenciamento ambiental indica a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou então daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
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