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Em um ano os preços dos produtos básicos subiram 27,3% em Ponta Grossa

Carne é o produto que mais encareceu em Ponta Grossa no último mês

Dados do Nerepp-UEPG

Comparando o preço da cesta básica de janeiro de 2020 (R$ 524,12) com o do mesmo mês de 2021 (R$ 667,18) o aumento foi de R$ 143,06, 27,3% em pontos percentuais – índice 6 vezes maior que o da inflação, que fechou 2020 em 4,52% (IPCA/IBGE).

Os dados são do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp-UEPG), que divulgou o seu boletim mensal sobre o Índice da Cesta Básica (ICB) na última sexta-feira (5).

Se a atualização do valor tivesse acontecido seguindo a inflação a cesta custaria R$ 547,80, quase R$ 120 a menos que o preço médio praticado atualmente.

Enquanto que no ano passado a compra dos produtos básicos representava cerca de 50% do salário mínimo vigente (R$ 1.045), 2021 iniciou com a cesta custando 63% da renda mínima brasileira (R$1.100).

Carne é o produto que mais encareceu em Ponta Grossa no último mês

Dentre os produtos básicos consumidos pelos brasileiros as carnes foram o grupo que mais encareceu de dezembro para janeiro nos supermercados de Ponta Grossa: os preços subiram 6,15%, sendo a maior alta a da carne bovina (10,21%) e a maior baixa a a do frango (-2,99%). Esta é uma tendência já observada em janeiro do ano passado, quando o grupo das carnes também foi o que mais ficou caro de um mês para o outro (5,4%), tendo a maior variação na carne bovina (6,63%) e a menor no frango (+2,6%).

Os dados são do Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Nerepp-UEPG), que divulgou o seu boletim mensal sobre o Índice da Cesta Básica (ICB) nesta sexta-feira (5).

Para o pecuarista Gustavo Ribas Netto, que preside o Sindicato Rural de Ponta Grossa, o fato de as carnes encarecem em janeiro é tanto um fato sazonal, quanto pontual. “No final de ano a China diminui a compra de carne brasileira, devido ao Ano Chinês. Como os negócios diminuem na exportação os pecuaristas aproveitam para tirar férias – ao reduzir a produção os preços sobem”, explica ele, lembrando também que o consumo interno alavancado devido às festas de fim de ano tira muitos produtos das prateleiras, o que também força o preço pra cima.

Já considerando os acontecimentos atuais, outro motivo que encarece a carne é o preço das commodities. “O milho e a soja são alguns dos produtos utilizados para fazer ração para os animais, e com o dólar alto e alguns outros fatores, esses grãos estão encarecidos – e tudo isso impacta nos preços das carnes”, complementa o pecuarista.

Outros produtos

Dos 33 produtos que compõem a cesta básica, de dezembro para janeiro 17 subiram de preço, 14 caíram e 2 permaneceram constantes. O produto que ficou mais caro foi a cebola (+49,19%) e o que ficou mais barato foi o macarrão (-7,18%).

O grupo que teve o maior aumento em seus valores foi o de carnes (+6,15%), no qual as maiores variações foram da carne bovina (+10,21%) e da carne de frango (-2,99%). Já o grupo com a maior queda de preço foi no grupo “Higiene”, com 1,18% de redução, tendo como destaques o sabonete (10,76%) e o desodorante (-5,11%).

O grupo “Hortifrutigranjeiros” teve um aumento geral de 5,36%. Dentre os produtos, o preço da cebola subiu 49,19% e o preço do tomate caiu 1,52%. Para o grupo “Limpeza”, o aumento foi de 0,43%. O custo do desinfetante aumentou em 3,54% e a esponja de aço ficou 5,06% mais barata. O preço do grupo “Alimentação Geral” diminuiu em 0,07%. O açúcar teve o maior aumento (+9,60%) e o macarrão teve a maior queda (-7,18%).

Os dados são do Nerepp-UEPG

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